terça-feira, 16 de abril de 2019

Bombeiros salvam estrutura de Notre-Dame de incêndio devastador

Presidente da França promete reconstruir monumento, um trabalho previsto para durar anos


Os bombeiros parisienses conseguiram salvar a estrutura de Notre Dame, em Paris, e continuavam lutando contra o incêndio que derrubou a flecha, o ponto mais alto do monumento, reduzindo a cinzas boa parte do telhado e que manteve o mundo em suspense durante horas.
"Vamos reconstruir" a catedral, prometeu pouco antes da meia-noite desta segunda-feira (15) o presidente Emmanuel Macron.
"O pior foi evitado, embora ainda não tenhamos vencido a batalha totalmente", acrescentou o presidente francês, visivelmente emocionado, antes de agradecer aos bombeiros por terem salvo as duas torres e a fachada do monumento.

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AFP

"Podemos considerar que a estrutura está a salvo e preservada em sua globalidade", informou o comandante do corpo de bombeiros de Paris, Jean-Claude Gallet.
Era a notícia que toda a cidade aguardava há horas, com o coração na mão. "O fogo diminuiu de intensidade", declarou o secretário do Interior, Laurent Nuñez, muito aliviado. Pouco antes, havia dito que não estava certo de que pudesse "frear a propagação na torre norte".
É desconhecida a origem do incêndio, declarado por volta das 18h50 locais (13h50 de Brasília) na parte superior da catedral e se propagou rapidamente para o telhado.
O fogo queimou o teto de madeira de mais de cem metros de comprimento, conhecido como "a floresta", pelo grande número de vigas utilizadas para instalá-lo.
Os bombeiros afirmam que o incêndio está "potencialmente ligado" às obras e uma investigação judicial por "destruição involuntária" foi aberta. Os investigadores privilegiam a pista de incêndio acidental, iniciado no teto da catedral.

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AFP

Semana Santa
As chamas se propagaram rapidamente e uma enorme nuvem de fumaça, visível a quilômetros de distância, envolveu o monumento histórico mais visitado da Europa em plena Semana Santa.
Em pouco mais de uma hora, o fogo pôs abaixo a agulha de 93 metros de altitude, provocando um grito de horror na multidão que se aglomerava nas pontes do Sena e nas ruas vizinhas.
Com sua queda, desaparece parte da história da Cidade Luz. "Paris está desfigurada. A cidade nunca voltará a ser como antes", lamentou Philippe, um francês de 30 anos.
"Tudo está sendo devorado pelas chamas. Não vai restar nada da estrutura, que data do século XIX de um lado e do XIII do outro", disse à AFP o porta-voz da catedral gótica, André Finot, temendo o pior.
Ao redor de 400 bombeiros estão mobilizados com mangueiras após descartar o uso de aviões tanque para evitar que a pressão d'água provocasse o colapso do monumento.

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AFP

Obras de arte
A prefeitura de Paris pôs em andamento uma operação para salvar todas as obras de arte. A coroa de espinhos e a túnica de São Luís, duas das relíquias mais importantes, estão resguardadas, segundo o monsenhor Patrick Chauvet, reitor da catedral.
Restaurar o edifício levará "anos de obras", avaliou o novo presidente da Conferência Episcopal francesa, Eric de Moulins-Beaufort.
À noite, o magnata francês François-Henri Pinault, cuja família é proprietária de um conglomerado de marcas de luxo, anunciou que vai doar 100 milhões de euros para a restauração da catedral, anunciou em um comunicado.
"Meu pai (François Pinault) e eu decidimos desbloquear (...) uma quantia de 100 milhões de euros para participar da reconstrução completa de Notre Dame", declarou François-Henri Pinault.

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AFP

Idade Média
Notre-Dame acompanhou a história de Paris desde a Idade Média. Seus sinos anunciaram, em 24 de agosto de 1944, a liberação do jugo nazista, e 26 anos depois foi realizado o funeral do presidente Charles de Gaulle.
Por causa do incêndio, parte da Île de la Cité, bairro onde fica a catedral, foi evacuada. À noite, centenas de pessoas se reuniram para rezar na Pont aux Changes, em frente ao monumento.
"Estou muito triste, imensamente triste e vazio", disse Stéphane Seigneurie, consultor de 52 anos, interrompendo suas orações. "Desde que moro em Paris, é um ponto de referência. Venho sempre [...] É um lugar extraordinário que se mistura com a história da França".
"É horrível que tenha acontecido, além de tudo o que Paris tem vivido recentemente", afirmou Nathalie Cadwallader, de 42 anos, em alusão aos atentados que mortificaram a cidade com dezenas de mortos em 2015.
Informado da catástrofe, o presidente Macron cancelou o discursoprevisto para anunciar medidas para a crise dos "coletes amarelos" e foi ao local do incêndio.
O templo, que recebe quase 13 milhões de visitantes por ano, é o monumento histórico mais frequentado da Europa e foi imortalizado por Victor Hugo em "O Corcunda de Notre-Dame".
Revoltado com o estado inadmissível de conservação do monumento, Victor Hugo começou a escrever o romance em 1831, reclamando de sua deterioração.

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AFPFonte: Diário do Nordestehttps://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/mundo/online/bombeiros-salvam-estrutura-de-notre-dame-de-incendio-devastador-1.2088135

domingo, 14 de abril de 2019

Acidente com vítima fatal no alto do Oitizeiro em Reriutaba

Na madrugada deste domingo(14),  por volta das 4 da manhã aconteceu um grave acidente de moto envolvendo dois jovens de Varjota.
Eles estariam em uma festa e voltavam pra casa quando na Curva do Alto entre as localidades de Oitizeiro e Pedra Funda na CE 366, o jovem conhecido por Neto(foto)que guiava a moto sobrou na Curva e chocou-se contra a proteção de ferro. O corpo do jovem foi arremessado à vários metros do local do impacto tendo traumatismo craniano e morte instantânea. O outro que estava na garupa saiu com ferimentos em uma das mãos foi socorrido e liberado, está  fora de perigo. O corpo da vítima fatal ainda se encontra no local a espera do rabecão do IML de Sobral. 
Fonte: Reriutaba Notícias 

sábado, 13 de abril de 2019

AUMENTO DAS ÁGUAS DO AÇUDE ARARAS EM 2019



Açude Araras conseguiu recuperar nesta terça-feira, 02/04, as água que perdeu no verão de 2018. Chegando a cota 144,40, deixando para atrás a cota de 144,38 do dia, 24/05/2018.
13/04 

Açude Araras cota 146,89
Aumentou em 24hs: 6 cm;
Aumentou em 2019, total: 5,72 m;
Volume 407,39 milhões m³;
(Volume em %) 47,40%;
Falta para sangrar: 6,11m.

12/04 

Açude Araras cota 146,83
Aumentou em 24hs: 11 cm;
Aumentou em 2019, total: 5,66 m;
Volume 404,26 milhões m³;
(Volume em %) 47,03%;
Falta para sangrar: 6,17m.

11/04 

Açude Araras cota 146,72
Aumentou em 24hs: 6 cm;
Aumentou em 2019, total: 5,55 m;
Volume 398,52 milhões m³;
(Volume em %) 46,36%;
Falta para sangrar: 6,28m.

10/04 

Açude Araras cota 146,66
Aumentou em 24hs: 7 cm;
Aumentou em 2019, total: 5,49 m;
Volume 395,38 milhões m³;
(Volume em %) 46,00%;
Falta para sangrar: 6,34m.

09/04 

Açude Araras cota 146,59
Aumentou em 24hs: 11 cm;
Aumentou em 2019, total: 5,42 m;
Volume 391,73 milhões m³;
(Volume em %) 45,57%;
Falta para sangrar: 6,41m.

08/04 

Açude Araras cota 146,48
Aumentou em 24hs: 25 cm;
Aumentou em 2019, total: 5,31 m;
Volume 385,99 milhões m³;
(Volume em %) 44,91%;
Falta para sangrar: 6,52m.

07/04 

Açude Araras cota 146,23
Aumentou em 24hs: 45 cm;
Aumentou em 2019, total: 5,06 m;
Volume 372,94 milhões m³;
(Volume em %) 43,39%;
Falta para sangrar: 6,77m.

06/04 

Açude Araras cota 145,78
Aumentou em 24hs: 32 cm;
Aumentou em 2019, total: 4,61 m;
Volume 348,13 milhões m³;
(Volume em %) 40,50%;
Falta para sangrar: 7,22m.

05/04 

Açude Araras cota 145,46
Aumentou em 24hs: 26 cm;
Aumentou em 2019, total: 4,29 m;
Volume 329,51 milhões m³;
(Volume em %) 38,34%;
Falta para sangrar: 7,54m.

04/04 

Açude Araras cota 145,20
Aumentou em 24hs: 31 cm;
Aumentou em 2019, total: 4,03 m;
Volume 314,37 milhões m³;
(Volume em %) 36,57%;
Falta para sangrar: 7,80m.


03/04 

Açude Araras cota 144,89
Aumentou em 24hs: 49 cm;
Aumentou em 2019, total: 3,72 m;
Volume 297,65 milhões m³;
(Volume em %) 34,63%;
Falta para sangrar: 8,11m.

02/04 

Açude Araras cota 144,40;
Aumentou em 24hs: 38 cm;
Aumentou em 2019, total: 3,23 m;
Volume 275,01 milhões m³;
(Volume em %) 32,0%;
Falta para sangrar: 8,60m.

01/04 

Açude Araras cota 144,02;
Aumentou em 24hs: 16 cm;
Aumentou em 2019, total: 2,85 m;
Volume 257,46 milhões m³;
(Volume em %) 29,95%;
Falta para sangrar: 8,98m.

31/03 

Açude Araras cota 143,86;
Aumentou em 24hs: 8 cm;
Aumentou em 2019, total: 2,69 m;
Volume 250,93 milhões m³;
(Volume em %) 29,19%;
Falta para sangrar: 9,14m.

30/03 

Açude Araras cota 143,78;
Aumentou em 24hs: 10 cm;
Aumentou em 2019, total: 2,61 m;
Volume 247,73 milhões m³;
(Volume em %) 28,82%;
Falta para sangrar: 9,22m.

29/03 

Açude Araras cota 143,68;
Aumentou em 24hs: 10 cm;
Aumentou em 2019, total: 2,51 m;
Volume 243,73 milhões m³;
(Volume em %) 28,36%;
Falta para sangrar: 9,32m.

28/03 

Açude Araras cota 143,58;
Aumentou em 24hs: 7 cm;
Aumentou em 2019, total: 2,41 m;
Volume 239,73 milhões m³;
(Volume em %) 27,89%;
Falta para sangrar: 9,42m.

27/03 

Açude Araras cota 143,51;
Aumentou em 24hs: 12 cm;
Aumentou em 2019, total: 2,34 m;
Volume 236,93 milhões m³;
(Volume em %) 27,57%;
Falta para sangrar: 9,49m.

26/03 

Açude Araras cota 143,39;
Aumentou em 24hs: 5 cm;
Aumentou em 2019, total: 2,22 m;
Volume 232,13 milhões m³;
(Volume em %) 27,01%;
Falta para sangrar: 9,61m.

25/03 

Açude Araras cota 143,34;
Aumentou em 24hs: 8 cm;
Aumentou em 2019, total: 2,17 m;
Volume 230,13 milhões m³;
(Volume em %) 26,77%;
Falta para sangrar: 9,66m.

24/03 

Açude Araras cota 143,26;
Aumentou em 24hs: 6 cm;
Aumentou em 2019, total: 2,09 m;
Volume 226,93 milhões m³;
(Volume em %) 26,40%;
Falta para sangrar: 9,74m.

23/03 

Açude Araras cota 143,20;
Aumentou em 24hs: 6 cm;
Aumentou em 2019, total: 2,03 m;
Volume 224,53 milhões m³;
(Volume em %) 26,12%;
Falta para sangrar: 9,80m.

22/03

Açude Araras cota 143,14;
Aumentou em 24hs: 4 cm;
Aumentou em 2019, total: 1,97 m;
Volume 222,03 milhões m³;
(Volume em %) 25,84%;
Falta para sangrar: 9,86m.

21/03

Açude Araras cota 143,10;
Aumentou em 24hs: 8 cm;
Aumentou em 2019, total: 1,93 m;
Volume 220,53 milhões m³;
(Volume em %) 25,66%;
Falta para sangrar: 9,90m.

20/03

Açude Araras cota 143,02;
Aumentou em 24hs: 6 cm;
Aumentou em 2019, total: 1,86 m;
Volume 217,33 milhões m³;
(Volume em %) 25,29%;
Falta para sangrar: 9,98m.

19/03

Açude Araras cota 142,96;
Aumentou em 24hs: 4 cm;
Aumentou em 2019, total: 1,80 m;
Volume 215,21 milhões m³;
(Volume em %) 25,04%;
Falta para sangrar: 10,04m.

18/03

Açude Araras cota 142,92;
Aumentou em 24hs: 4 cm;
Aumentou em 2019, total: 1,76 m;
Volume 213,89 milhões m³;
(Volume em %) 24,88%;
Falta para sangrar: 10,08m.

17/03

Açude Araras cota 142,88;
Aumentou em 24hs: 14 cm;
Aumentou em 2019, total: 1,72 m;
Volume 212,57 milhões m³;
(Volume em %) 24,73%;
Falta para sangrar: 10,12m.

16/03

Açude Araras cota 142,74;
Aumentou em 24hs: 24cm;
Aumentou em 2019, total: 1,58 m;
Volume 207,95 milhões m³;
(Volume em %) 24,19%;
Falta para sangrar: 10,26m.

15/03

Açude Araras cota 142,50;
Aumentou em 24hs: 2cm;
Aumentou em 2019, total: 1,34 m;
Volume 200,03 milhões m³;
(Volume em %) 23,27%;
Falta para sangrar: 10,50m.


14/03

Açude Araras cota 142,48
Aumentou em 24hs: 3cm
Aumentou em 2019, total: 1,32 m.

13/03

Açude Araras cota 142,45
Aumentou em 24hs: 4cm
Aumentou em 2019, total: 1,29 m.


12/03

Açude Araras cota 142,41
Aumentou em 24hs: 10cm
Aumentou em 2019, total: 1,25 m.


11/03

O açude Araras, dia 11/03/2019 cota 142,31
Aumentou em 2019, total: 1,15 m

08/03

O açude Público Paulo Sarasate (Araras), dia, 08/03/2019
Cota 142,00
Aumentou nas últimas 24 horas 6 Cm
Aumentou 84 Cm de altura neste ano
Falta para sangrar 11,0 m.


05/02 - Momento com menor volume em 2019 

Açude Araras cota 141,17;
Aumentou em 24hs: -1 cm;
Aumentou em 2019, total: 0 cm - Início;
Volume 160,29 milhões m³;
(Volume em %) 18,68%;
Falta para sangrar:11,83m.


Fonte: Varjota em Destaque.com / Varjota em Alerta.com

Cearenses relatam situação caótica no Rio de Janeiro

Jardim Botânico, Foto: MAURO PIMENTEL/AFP
A noite da última segunda-feira e o dia de ontem foram mais longos que os demais para os moradores do Rio de Janeiro. A tempestade que deixou pelo menos dez pessoas mortas e diversas ocorrências de alagamentos e desabamentos, transformou o início da semana de milhares de famílias em medo, espera e angústia.
"Minha filha e esposa tiveram que esperar ilhadas até quatro horas da madrugada para voltarem seguras para casa. Foi uma tragédia", descreveu Eudes Rodrigues, 53. Natural do município de Reriutaba, no Ceará. Ele mora em Jacarepaguá, bairro da Zona Oeste carioca, e conta que a área foi bastante afetada, apesar de não ter tido danos diretos na própria residência. "A situação está um caos, as consequências dessas chuvas foram imensas para as pessoas", descreve.
Ainda na noite de ontem, vários bairros registravam falta de energia, principalmente na Barra da Tijuca e Estrada dos Bandeirantes. Isso ocorreu também nas regiões citadas por Eudes: Jacarepaguá, Rio das Pedras, Recreio dos Bandeirantes, Muzema e Itanhangá.
Morador do bairro Laranjeiras, na Zona Sul, o também cearense Adriano de Lavor relata que a cidade ficou praticamente paralisada durante todo o dia de ontem. "Cheguei em casa mais ou menos às 19 horas de ontem (segunda, 8), de lá para cá, parou de chover pela primeira vez agora (16 horas de ontem), mais de 20 horas de chuvas constantes e perto de onde eu moro tem uma comunidade, Santa Tereza, e o dia inteiro eu ouvi as sirenes, avisando os riscos de deslizamento, eu não fui trabalhar", disse. Para o jornalista, houve negligência da Prefeitura ao não se antecipar diante da informação que chegou às 14 horas. "A negligência ficou mais aparente nesse episódio todo, mas vi em noticiários que mais de 70% dos recursos de controle de enchentes foram reduzidos Existem pessoas que ainda estão desaparecidas", criticou.
Ontem, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, afirmou que mais de cinco mil homens foram designados a trabalhar na tentativa de minimizar os problemas causados pela forte chuva. Em coletiva no Centro de Operações do Rio, Crivella afirmou ainda que as regiões mais afetadas foram a zonas Sul e Oeste, e que deslizamentos graves só foram observados no Morro da Babilônia, no Leme.
Fonte: O Povo 

CEARÁ - REGISTRA 54 CASOS CONFIRMADOS DE MENINGITE EM 2019


Foto: Divulgação/Ceará Agora
De acordo com dados do boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do estado do Ceará, ao todo o Estado registrou 54 casos de meningite neste ano. Em 2019, até o dia 2 de abril, o boletim soma nove casos por doença meningocócica, com quatro óbitos registrados, e 45 ocorrências de outras meningites, apresentando dois óbitos.
Os números apontam apenas os casos confirmados da doença.
No ano passado, o Ceará teve 401 casos confirmados, o que apresenta uma taxa de incidência de 4,5 casos por cada grupo de 100 mil habitantes, com 37 mortes registradas.
A meningite é uma inflamação das membranas que recobrem o cérebro e mesmo quando a doença é diagnosticada precocemente e um tratamento adequado é iniciado, cerca de 5% a 10% dos pacientes não sobrevivem e acabam morrendo, normalmente, 24 ou 48 horas após o surgimento dos primeiros sintomas. Sem tratamento, até 50% dos casos podem resultar em óbito.
http://www.cearaagora.com.br/site/ceara-registra-54-casos-confirmados-de-meningite-em-2019/

Fonte: Ceará Agora

CEARÁ - REGIÃO NORTE CONCENTRA MAIORES CHUVAS EM 24 HORAS

Foto: Instituto Brasileiro de Meteorologia /G1 
A cidade de Cariré teve o maior registro no período, com 79 milímetros. Em seguida, Granja teve 72,8 mm.
A Região Norte voltou a receber chuvas entre as 7h de quinta-feira (11) e as 7h desta sexta-feira (12), conforme monitoramento da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). O Ceará registrou chuvas em pelo menos 103 municípios, segundo dados parciais publicados às 11h30.
A cidade de Cariré teve a maior chuva, com 79 milímetros. Em seguida, São Gonçalo do Amarante teve 76 mm e Granja teve 72,8 mm. Em Pacatuba, foram 66,3 mm.

Outra região de destaque é Região da Ibiapaba. Em Viçosa do Ceará foram computados 65,6 mm. Em seguida, está a cidade de Ubajara, onde foram registrados 58,4 mm.
Completam a lista das maiores chuvas do estado no período: Paraipaba (54,6 mm), Iguatu (53 mm) e Groaíras (50 mm).
De acordo com a Funceme, há nuvens em todas as regiões do Ceará, principalmente no noroeste do estado, devido à proximidade da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que está posicionada junto ao norte do Nordeste, favorecendo a ocorrência de precipitações.
Açudes em situação crítica
Os açudes de pequeno e médio porte receberam um grande volume de água desde o início do ano. Atualmente, 80 dos reservatórios do estado têm 33% de sua capacidade ou menos.
O Castanhão está com volume de 4,92%. Apesar do aporte, o maior açude do estado segue em situação crítica. O Orós, segundo maior reservatório do estado, tem atualmente 7,58% da capacidade.
https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2019/04/12/regiao-norte-concentra-maiores-chuvas-em-24-horas-no-ceara.ghtml

Fonte: G1 CE

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Novo risco de rompimento em barragem deixa o Ceará em alerta

Parte da Zona Norte do Ceará está em alerta. As fortes chuvas que se concentram nessa região do Estado, desde o início da quadra chuvosa, fizeram com que afluentes, barragens e açudes aumentassem consideravelmente o nível das águas. Agora, o temor é pelo rompimento de uma barragem que fica a 40 km de distância de Santana do Acaraú, no Município de Morrinhos.




O açude Pilões, construído há 81 anos, esta na iminência atingir sua cota máxima. A parede da barragem apresenta erosão e o sangradouro está totalmente obstruído. De acordo com Wilson Maranhão, técnico da Defesa Civil do Estado, "o risco [de rompimento] existe, é pertinente". Ele sugere uma atenção especial com o reservatório que é particular e não possui registros na Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra) ou Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). "Há um desgate da parede", observou Maranhão.

Embora a barragem fique em Morrinhos, a cidade de Santana do Acaraú seria a mais afetada com um eventual problema no açude por estar geograficamente abaixo do reservatório. Em 2013, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Morrinhos elaborou um relatório mostrando os problemas estruturais e sugerindo o imediato reparo do açude, que possui relevância no abastecimento humano e também para a agricultura. De acordo com o presidente do Sindicato Ivan Araújo, nenhum órgão emitiu qualquer retorno.

A Defesa Civil do Estado foi acionada. Técnicos estão avaliando as condições de todos os reservatórios, sejam eles particulares ou os que são monitorados pela Cogerh. Conforme Maranhão, hoje (4), um representante da Cogerh se junta à Defesa Civil, à Prefeitura de Santana do Acaraú e ao proprietário do açude para uma nova avaliação da barragem. A Prefeitura montou um gabinete de crise, e a Defesa Civil está monitorando as áreas de risco.

Na zona urbana, mais transtorno. O nível do rio que corta o Município aumentou e deixou pelo menos cinco bairros alagados. O Alto da Liberdade foi o mais afetado. Residências foram inundadas durante a madrugada dessa quarta-feira e cinco famílias tiveram que ser removidas de seus imóveis. Elas foram abrigadas em uma escola pública.

As aulas em Santana foram suspensas até o fim desta semana. Como a maioria das estradas do Município está danificada, a Prefeitura "adotou a interrupção das aulas como medida de segurança, uma vez que a maior parte dos estudantes se utiliza do transporte escolar". As aulas serão repostas, garantiu a Secretaria de Segurança do Município.

Nos três primeiros dias de abril, as precipitações em Santana representam mais da metade do esperado para todo o mês. Em março, a Funceme observou 367,2mm para o Município, o que sinaliza 64% acima da média histórica para o período, que é de 223,9 mm.

Granja

O Município de Granja é outro da Zona Norte que está sofrendo com os robustos índices pluviométricos. O nível do Rio Coreaú subiu mais de três metros, na tarde de ontem (3), e, caso atinja 4 metros, a barragem Limão Brandão, que recebe essa água, irá transbordar. "Se isso acontecer, casas de vários bairros serão alagadas. Os mais afetados serão Barrocão e Lagoa Grande, e depois as águas vão inundar o Centro da cidade", explicou o contador José Carlos Henrique.

O Rio Coreaú nasce na Serra da Ibiapaba e passa por nove municípios. Neste percurso, ele abastece três reservatórios. Todos já estão transbordando: o Gangorra, em Granja; o açude Angicos, em Coreaú, e o Várzea da Volta, na cidade de Moraújo. Os três não atingiam, juntos, a cota máxima há dez anos. Em 2009, partes das cidades de Ubajara, Frecheirinha e Granja foram inundadas.

Este último município foi o mais afetado. À época, quase toda a cidade ficou debaixo d'água e dezenas de famílias ilhadas. O agricultor Manoel Santana recorda da noite de "pânico" que ele, e sua família viveram há exatamente uma década. "Acordamos já com a água por toda a casa. Foi um pânico geral, tivemos que deixar nossa casa e sair praticamente com a roupa do corpo. Neste ano vou sair antes que torne acontecer".

Receosos de que este cenário se repita, muitas famílias começaram a deixar suas casas no fim da tarde de ontem. A Defesa Civil do Município não confirmou quantos imóveis foram esvaziados. A Prefeitura está alugando imóveis para receber as famílias vulneráveis que residem em áreas de risco.

O município de Coreaú, também cortado pelo rio homônimo, foi outro que sofreu com a cheia do afluente. De acordo com a Secretaria de Recursos Hídricos do Município, 20 famílias, que moram em áreas de risco, próximo ao leito do rio, estão alojadas em casas de parentes e em imóveis alugadas pela Prefeitura. A Defesa Civil acompanha o nível do açude para identificar se outras famílias também estão correndo risco.

Quebra de índices

Todos esses impactos da chuva podem ser mensurados em números. Em janeiro deste ano, a Funceme observou o acumulado de 126,1 milímetros na Zona Norte, o que representa 13,6% acima da média histórica para o mês. Em fevereiro, choveu 80,8% a mais do esperado para o mês. Em março, foram registrados os maiores índices. A região foi a mais chuvosa de todo o Estado. A Funceme aponta o acumulado de 414,4 mm, 56,7% a mais do que a média para o mês, que é de 264,2 milímetros.

Já em Granja, cidade do Norte mais atingida pelas águas, os números são ainda mais significantes. Em apenas três dias, já choveu mais de 50% do esperado para todo o mês de abril. Até agora, o órgão já observou o acumulado de 133.2 mm. Para o período, o volume médio é de 253,1 milímetros. Desde o início do ano, os números são ainda mais expressivos. As precipitações observadas até hoje (1094,7 mm), já superam todo o volume de chuva anual para Granja, que é de 1065,2 mm.

Informações Diario do Nordeste