quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Cid Gomes evita falar de sucessão e esquiva-se sobre polêmicas com Eunício

Governador Cid Gomes. (Foto: Sérgio Lima/Folhapress)
Em solenidade de entrega da primeira etapa do Residencial Cidade Jardim, o governador Cid Gomes evitou falar de sucessão estadual e se esquivou de polêmicas quando o assunto foi o senador Eunício Oliveira (PMDB). Cid voltou a afirmar que só falaria de política a partir de julho. "Eu não tenho pré-candidato, nem tenho candidato. Só vou tratar dessa assunto no momento devido. As pessoas me elegeram para governar, não foi para ficar fazendo política um ano antes da eleição". 

Quanto ao posicionamento de Eunício Oliveira, que demonstra disposição para estar fora da aliança liderada pelo governador e disputar a sucessão estadual, Cid desviou de polêmicas. "Sempre disse que isso é um direito normal. Para efeito oficial eu só tratarei da sucessão no momento correto que é julho. Eu acho legítimo e natural que qualquer pessoa que esteja na vida pública manifeste o seu desejo". 

O evento desta quarta-feira contou com a presença de políticos cotados para substituir Cid Gomes, como o vice-Governador, Domingos Filho; o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, José Albuquerque; o ex-ministro dos Portos, Leônidas Cristino e o prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio.

Fonte: Diário do Nordeste 

Empresário sobralense do ramo de imóveis é executado com tiros na cabeça

Um crime de morte com característica de pistolagem foi registrado por volta das 02h40 da tarde de quarta-feira,26, na Rua Cesariano Barreto Bairro Campo dos Velhos em Sobral. 
Segundo informações da policia a vítima foi identificada por Jean Feijó, natural de Sobral, empresário do ramo de imóveis, morava na Rua Diogo Gomes em Sobral. 
A nossa reportagem policial esteve no local e fomos informados por testemunhas que a vitima acabara de descer de seu veiculo uma camioneta DODGE preta e ao descer para se dirigir para uma de suas construções foi abordado por quatro homens que desceram de um carro modelo Cross Fox preto e foram logo atirando na vitima sendo que o primeiro tiro pegou no braço e o empresário saiu correndo e acabou caindo no chão, ocasião em que os criminosos deram um tiro de misericórdia na cabeça da vitima logo em seguida fugiram em direção ao Parque da Cidade. 
Um policial Militar que mora nas proximidades ouviu os estampidos e quando sai de casa pra ver o q estava acontecendo viu a vitima esvaziando em sangue e os bandidos já tinham fugido. A policia militar ao tomar conhecimento do fato compareceu ao local onde iniciou as diligencias bem como o delegado regional Dr Junior que relatou para nossa reportagem que pela forma como aconteceu o crime tudo leva crer que foi uma execução. Ate o fechamento dessa reportagem policial ninguém havia sido preso. 

Fonte: Na Mira da Polícia/Olivando Alves

Reriutaba: Casal de médicos cubanos conta rotina após seis meses no sertão do Ceará

Apesar de estarem adaptados ao Ceará, logo que chegaram ao estado os profissionais foram agredidos verbalmente e chamados de 'escravos' por médicos brasileiros.

Se alguns profissionais estão com dificuldade de adaptação no Programa Mais Médicos (dois, inclusive, desistiram), um casal de cubanos já se sente em casa. Eles tiveram a sorte de desembarcar em Fortaleza juntos, em agosto de 2013, e ainda atender a população da mesma cidade, Reriutaba, a 309 quilômetros de Fortaleza.
Isidro Rosales Castro, de 49 anos, e Esperanza Anabel Dans Leon, de 48, deixaram Cuba com a vontade de transformar a realidade do município, através do amor pela medicina. Eles iniciaram os atendimentos em setembro do ano passado. Enquanto Isidro trabalha no posto de saúde na zona rural da cidade, Esperanza atende em unidade na área urbana.

Os cubanos trabalham de segunda a sexta-feira, oito horas por dia, e oferecem atenção a toda população, que o médico faz questão de chamar de “nossa”. Eles realizam visitas domiciliares a grupos prioritários, como idosos, acamados e incapacitados, de acordo com as demandas da população e dos agentes comunitários.
Nos momentos de descanso, o casal volta para a residência, que – segundo Isidro – tem todas as condições garantidas pela prefeitura e pela Secretaria de Saúde do Estado. “As atenções por parte das autoridades locais são ótimas. Somos cinco médicos do programa, todos cubanos, e temos condições excelentes de moradia e de trabalho”, conta.
O dia a dia dos cubanos é bastante parecido com a rotina que levavam no país de origem. Trabalham segundo o planejamento e aproveitam o fim de semana para assistir a programas de televisão e sair para passear. “Temos muitas amizades que visitamos e nos visitam, conhecemos bastante o Ceará e suas praias maravilhosas, fundamentalmente Camocim”.
Calor e comida
O calor do estado “golpeou forte” o casal, como brinca o médico. Eles tiveram de se adaptar. O calor humano da terra ajudou. “Aqui é maravilhoso, nos sentimos como se fôssemos cearenses de toda a vida”, diz Isidro.
Esperanza tenta aprender a cozinhar comidas típicas do Ceará (FOTO: Arquivo pessoal)
Esperanza tenta aprender a cozinhar 
comidas
 típicas do Ceará (FOTO: Arquivo pessoal)
O que falta, no entanto, é Esperanza aprender a cozinhar uma verdadeira comida típica do Ceará. Ela ainda sente dificuldade em fazer os pratos mais admirados pelo marido, como feijoada, baião-de-dois e churrasco. “Eu faço muito pouco, mas vou aprender. Gostamos de churrasco, e eu adoro frango a parmegiana”.
O idioma português também não foi aprendido com perfeição pelo casal. O que importa é que médicos e pacientes se entendam, e a parceria está dando certo. Segundo Isidro, a comunicação com a população permite uma boa relação. “Idioma não se aprende em tão pouco tempo, mas estamos nos compreendendo mutuamente e isso permite uma relação positiva entre médico, equipe de saúde e paciente”, explica.
“Escravos da saúde”
No entanto, a adaptação não foi de todo fácil. Logo que chegaram à capital, os médicos fizeram parte do grupo agredido verbalmente e chamado de “escravo” por profissionais cearenses, na Escola de Saúde Pública de Fortaleza. “Fomos do grupo que, com muita dor, sofreu agressão na escola, mas com muito amor demonstrado pelo povo e autoridades de governo e de saúde, apagamos rapidamente esse impacto negativo”, relata Isidro.
O acolhimento dos que realmente precisavam da presença do casal foi tão grande que prevaleceu o amor, acima da segregação. “Fomos escravos sim, porém escravos da saúde. Por ela, faremos qualquer sacrifício, e aqui estamos, trabalhando para este povo que já é nosso também”.
Uma das renúncias foi ter de ficar longe da família, durante três anos. Realmente, contar com a presença do marido no trabalho, estando longe de Cuba e dos filhos, é um privilégio e uma vantagem para Esperanza. Os problemas são compartilhados, a rotina da vida se torna mais fácil, mas a saudade ainda bate.
“Nossos filhos estão com a minha mãe. Sinto muita falta”, admite a médica. “A saudade da família, dos filhos, e o amor à terra que tanto queremos bem, a nossa Cuba, afeta emocionalmente”, completa Isidro, deixando claro que falta a presença dos entes queridos para se sentir completamente em casa.
Isidro trabalha 8 horas por dia no município (FOTO: Arquivo pessoal)
Isidro trabalha 8 horas por dia no município (FOTO: Arquivo pessoal)
saudade ainda vai permanecer por dois anos e seis meses, que é o tempo que os médicos pretendem ficar na cidade que tanto gostam. Caso seja preciso permanecer no Brasil, o casal avaliará a solicitação. Afinal, os profissionais já moraram dois anos na Guatemala, de 2000 a 2002, e seis anos na Venezuela, de 2003 a 2009. “Levamos muito tempo oferecendo ajuda internacional a outros povos do mundo e achamos que já é hora de ficar perto da nossa família”, avalia o médico.
Sem obrigação
No Mais Médicos, o casal está em mais uma missão. Foram despertados para o programa a partir da imprensa. Sentiram necessidade de ajudar a garantir a cobertura médica na atenção básica dos municípios que não contavam com isso. “Geralmente, os médicos cubanos têm sentimento de solidariedade, de ajuda desinteressada a outros povos. Muitos de nossos profissionais já estiveram na África, na Ásia, nos países mais pobres da América Latina”, explica Isidro.
Talvez esse seja o motivo de o sistema de pagamento do programa não incomodar o casal. Eles foram contratados por um acordo entre Cuba e a Organização Pan-americana da Saúde, e não recebem os R$ 10 mil integrais. “Ninguém está aqui obrigado. O dinheiro é necessário, porém não define a vida nem a dignidade das pessoas que trabalham mais por amor que por benefícios pessoais”, garante.
Mais Médicos
Os profissionais recebem bolsa de formação e ajuda de custo pago pelo Ministério da Saúde. No Ceará, 154 municípios contam com médicos do programa. As cidades ficam responsáveis por garantir alimentação e moradia. Conforme previsto no programa Mais Médicos, os médicos são selecionados para atuar durante três anos. Nesse período, os profissionais formados no exterior terão registro profissional emitido pelo Ministério da Saúde, que lhes dará o direito de atuar exclusivamente na atenção básica.
Fonte: Tribuna do Ceará

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Resultado anual Produção de petróleo no CE sobe após 9 anos

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O Ceará obteve uma média de 8,3 mil barris por dia no ano passado. Ao longo de todos os meses de 2013 a produção petrolífera cearense cresceu em relação ao respectivo mês de 2012
FOTO: THIAGO GASPAR

Depois de quase uma década em declínio, a produção de petróleo no Ceará reverteu sua trajetória, que vinha em queda desde 2004. No ano passado, o Estado alcançou uma produção de 3,04 milhões de barris, volume que representa um incremento de 28,2% sobre 2012, quando foram produzidos 2,37 milhões de barris do ouro negro.
Números obtidos por meio de cálculo dos dados fornecidos pela Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP) mostram que o Ceará obteve uma média de 8,3 mil barris por dia no ano passado.
Ao longo de todos os meses de 2013, a produção petrolífera cearense registrou alta em relação ao respectivo mês de 2012, sendo as maiores elevações nos meses de junho e julho, quando o acréscimo foi de 40,8% sobre o mesmo período do ano anterior.
Evolução
Do período que vai de 2000 a 2013, o ano em que o Estado registrou maior produção de óleo foi 2011, quando foram alcançados 55,9 milhões de barris. O número caiu para 50,3 milhões em 2002 e voltou a subir no ano seguinte chegando a 54,1 milhões de barris. Desde então, todos os anos foram apresentando queda.

Origem

O incremento nos volumes de petróleo retirados em território cearense se deu exclusivamente por conta da produção marítima. Do total produzido pelo Ceará, 86,4% vieram do mar.
Atualmente, esta atividade está concentrada em quatro campos da Bacia do Ceará, localizados no litoral de Paracuru.
O óleo é retirado em águas rasas no território cearense, com profundidades até 50 metros. O Estado já possui poços perfurados em águas ultraprofundas, com profundidades superiores a 1.501 metros, mas estes ainda não tiveram sua declaração de comercialidade expedida.
A expectativa é que esse incremento seja repetido nos próximos anos, uma vez que um desses quatro campos, o Espada, tem a previsão de novos investimentos por parte da Petrobras, que prevê perfurar mais oito poços na região, gerando uma expectativa de triplicar a produção no campo até 2020, passando dos atuais 278,6 metros cúbicos (m3) diários para vazões máximas esperadas em torno de 1.000 m3/dia.
Para dar conta desse acréscimo, a estatal planeja também construir uma nova plataforma de petróleo na localidade.

Em terra

Já a produção terrestre registrou queda em cada um dos 12 meses do ano passado, fechando o ano com uma redução de 9,5%, caindo de 456 mil para 412 mil barris. A produção em terra, que é feita na Fazenda Belém, nos municípios de Icapuí e Aracati, vem em queda desde 2009.
Há, contudo, uma previsão de reversão desse quadro com a perfuração de novos poços na área. A Petrobras já anunciou que existe projeto para perfurar cerca de mil novos poços entre este ano e o ano que vem. Com isso, a produção poderá quase triplicar no campo, que fica na parte cearense da Bacia Potiguar.
Procurada pelo Diário do Nordeste, a Petrobras não deu retorno, até o fechamento desta edição, sobre se houve novos investimentos no Estado que motivaram a ampliação da produção marítima em 2013.

Sérgio de Sousa
Repórter
Fonte, DN

Funceme divulga novo prognóstico de chuvas nesta segunda-feira

A  Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) vai divulgar nesta segunda-feira (24), às 9 horas, na sede da Defesa Civil Estadual, na Rua Oto de Alencar, 215,  Centro, o novo prognóstico de chuvas. Documento mostrará tendências para precipitações nos meses de março, abril e maio de 2014.
O documento a ser apresentado, mostrará a reavaliação das condições termodinâmicas dos oceanos Atlântico e Pacífico e da atmosfera. Também serão considerados os modelos atmosféricos da Funceme e de várias instituições nacionais e internacionais.
“Estamos rodando nosso modelo e avaliando a evolução dos sinais. Também aguardamos os resultados dos modelos apresentados na III Reunião de Análise e Previsão Climática para o Norte do Nordeste do Brasil, que acontece nos dias 20 e 21 de fevereiro, em Natal/RN, da qual a Funceme participa com meteorologistas de todo o País. Se houver alguma alteração nos sinais em relação ao que apresentamos em janeiro, o novo prognóstico vai indicar essa mudança”, explica Eduardo Sávio Martins, presidente da Funceme.

Ele lembra que, no último dia 21 de janeiro, a Funceme divulgou prognóstico das chuvas de fevereiro, março e abril, apontando 40% de probabilidade de chover abaixo da média histórica, 35% de chance de chover na média e probabilidade de 25% para chuvas acima da média. Assim como este primeiro prognóstico de 2014, o novo documento a ser apresentado na segunda-feira, 24 de fevereiro, será de fundamental importância para nortear ações do Governo do Estado que são impactadas pelo regime de precipitações.

Comitê da Seca

Logo após a divulgação do novo prognóstico da Funceme, será realizada, no mesmo local, a reunião semanal do Comitê Integrado de Combate à Seca no Ceará, coordenado pelo secretário de Desenvolvimento Agrário do Estado, Nelson Martins.

Na ocasião, será apresentado um balanço das várias ações do Comitê, envolvendo Operação Carros Pipas do Exército Brasileiro e da Defesa Civil, perfurações de poços, cisternas de consumo e produção, sistemas de abastecimento d'água dos programas Água Para Todos e São José III, Garantia Safra, máquinas e equipamentos para as prefeituras, novas adutoras de engate rápido e outras ações.
Os dirigentes e técnicos da Secretaria de Recursos Hídricos, Cogerh, Sohidra e Cagece também apresentarão as ações de cada instituição.

Fonte, G1 CE

Guaraciaba do Norte: Acidente inusitado acontece no município na noite do sábado (22)


Acidente envolvendo moto movimentou a noite de sábado (22), no município de Guaraciaba do Norte, na serra da Ibiapaba, região noroeste do estado de Ceará.
Por mais que tenha campanhas informativas, multas caras, exemplos de jovens que perdem a vida bem cedo, devido a explosiva combinação bebida e direção, pessoas que mais parecem brincar com a vida, não param de acontecer acidentes de trânsito.
Noite de sábado (22), a viatura da Guarda Ronda - Guaraciaba do Norte - atendia e socorria mais uma vítima de queda de moto.

De repente outro motociclista, que aparentava sintomas de embriaguez, veio e chocou-se contra a viatura.
O mais curioso é que um litro de bebida foi encontrado dentro do short do motoqueiro. 
Felizmente o piloto teve apenas escoriações e foi levado ao hospital municipal. Dá pra entender? 

As informações foram repassadas pelo colega Germano Oliveira. O nome do motoqueiro que se envolveu neste acidente não foi informado. 
O curioso também foi a posição que a moto ficou

Fotos e informações: Diassis Lira
Fonte: Netcina

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Em Reriutaba, acidente de moto deixa 3 vítimas fatais e uma em estado grave

Um acidente de moto ocorrido na noite desta quinta-feira(20/02), por volta das 21h30m vitimou fatalmente 3 jovens reriutabenses e deixou um com ferimentos graves. A tragédia aconteceu na CE 366, entre as localidades de Pedra Funda e Altamira. 
A equipe do Hospital Rita do Vale Rego de Reriutaba foi acionada mas quando chegou no local encontrou apenas um dos jovens vivo, de nome Felipe(filho do Diassis da Ambulancia), funcionário do Hospital, o qual foi socorrido de imediato. O outro jovem que ia com Felipe foi identificado como sendo Renato Abreu da região do Pé de Serra, Técnico de Enfermagem do Hospital regional de Sobral, o qual teve morte instantânea.
Os outros dois jovens foram identificados como sendo da localidade de Oiticica dos Agapitos, mas não reconhecidos por nome, ambos também tiveram morte instantânea.Os dois voltavam para a localidade onde moravam. Renato e Felipe iam sentido Pé de Serra a sede de Reriutaba.
Todos que entraram em óbito tiveram traumatismo cranio-encefálico.
Tudo indica que as duas motos bateram de frente e possivelmente uma delas teria invadido a contra-mão.
A PM está no local e acionou o rebecão do IML e Perícia Forense. O corpo de Renato ficou caído no meio da pista, enquanto os outros dois corpos, um ficou com a cabeça debaixo da moto e outro foi jogado fora da pista.
Renato Abreu(morreu no acidente)
moto onde estava Renato e Felipe(corpo de Renato)






Fonte: Reriutaba Noticias

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Chuvas no Interior chegam a 120.4 mm nesta quarta-feira

chuvas
As precipitações no Interior chegaram a 120.4 mm nesta quarta-feira (19), segundo a Funceme (Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos). A chuva também atingiu a Capital que registrou 31 mm.
Em todo o Estado choveu em 83 munícipios. A maior foi registrada no Centro-Sul do Estado, no município de Ipaumirim (120.4 mm), seguido por Crato (107 mm) e Beberibe (101 mm). O registro foi feito até as 8h50.
Também ocorreram precipitações em São Benedito (76.8 mm), Aurora (74 mm), Ibiapina (72 mm), Baixio (71 mm), Caririaçu (66 mm) e Iracema (65 mm). Na terça-feira (18), as chuvas atingiram 57 cidades.
Previsão para céu nublado em todo o Estado
De acordo com as previsões da Funceme, em razão da proximidade de um ramo da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e da atuação do Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) o céu ficará nublado a parcialmente nublado com chuvas isoladas em todo o Estado.
Para quinta-feira (20), a Funceme prevê que o VCAN e a proximidade de um ramo da ZCIT continuem influenciando o Estado que deverá ficar com nebulosidade variável e chuvas em todas as regiões.

Fonte, DN

Reriufolia 2014: Quatro dias de muita folia em Reriutaba

O carnaval 2014 em Reriutaba começa no dia 01 de março(sábado) e vai até dia 04(terça-feira), trazendo grande atrações.

As bandas do RERIUFOLIA 2014 serão: Solteirões do Forró, Pé de Ouro, Xé Pop, Rafaella Maville, Frennesy, Afoxè, Fabinho Varela, Ed Camaleão, Memórias Elétrico e Saradões.
Patrocínio: Prefeitura Municipal de Reriutaba.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Polícia Civil do Pará prende donos de loja suspeita de golpe de R$ 30 milhões

Eduardo Fernandes Facunde e Eduardo Fernandes Facunde Júnior eram donos da loja Eletromil. (Foto: Reprodução/Rede Liberal)
A Polícia Civil do Pará apresentou nesta segunda-feira (17), em Belém, dois homens acusados de estelionato. Eduardo Fernandes Facunde e Eduardo Fernandes Facunde Júnior eram donos da loja Eletromil, que oferecia produtos na modalidade "compra premiada" - um sistema semelhante ao consórcio - mas, segundo os clientes, não entregava as mercadorias para os sorteados, mesmo mediante o pagamento das parcelas.

De acordo com a polícia, pelo menos cinco mil pessoas teriam sido enganadas nos municípios de Belém, Capanema, Castanhal e Ananindeua, totalizando uma fraude estimada em R$ 30 milhões.

Segundo a polícia, os dois suspeitos tinham prisão preventiva decretada desde 2012 e estavam foragidos. Na última segunda-feira a Divisão de Investigação e Operações Especiais (DIOE) da Polícia Civil recebeu a informação de que pai e filho estavam em Juazeiro do Norte, no Ceará. Enquanto se deslocavam para o nordeste, os policiais foram avisados de que os procurados haviam se mudado para Teresina. Eduardo Facunde foi preso em uma loja de conveniência, enquanto o filho dele foi localizado na casa da sogra, horas depois.

Durante o funcionamento da loja Eletromil, a polícia chegou a receber 800 denúncias contra a empresa. Eduardo Facunde e Eduardo Filho também eram procurados no Maranhão, e devem responder pelos crimes de estelionato e fraude, além de crimes contra o consumidor como propaganda enganosa e induzir o consumidor ao erro. Os dois serão recolhidos para uma unidade do sistema penitenciário do Pará.

Fonte: G1 PA

Chuvas não melhoram nível dos reservatórios

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Rio. Apesar da ocorrência de chuvas em áreas importantes, como São Paulo e Goiás, que abrigam os principais reservatórios do subsistema Sudeste/Centro Oeste, o relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou ontem (17) que a situação dos reservatórios não apresenta variação significativa em relação à da semana passada. No último domingo, conforme o ONS, os reservatórios deste subsistema estavam com 35,5% de sua capacidade máxima, percentual estável em relação ao sábado. Este é o nível mais baixo desde 2001.
No subsistema Nordeste, o nível está em 42,4%, enquanto os reservatórios do Sul operam com 43% da capacidade. A situação mais confortável, de acordo com os dados do ONS, é a da região Norte, com 72,4% do volume total de água armazenada.
O pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espacial (INPE), Gilvan Sampaio, pondera que a falta de chuvas em pleno verão se tornará cada vez mais frequente no Brasil nos próximos anos. A razão é o aumento da temperatura em todo o globo terrestre, o que tende a potencializar a intensidade dos eventos climáticos no futuro.
Como o sistema elétrico brasileiro é predominantemente hidroelétrico, o pesquisador chamou atenção para a importância de o setor estar preparado para lidar com as mudanças climáticas. "Os extremos climáticos serão mais frequentes. Quando chove, chove com maior intensidade. O período seco será mais prolongado e intenso. Essas questões precisam ser incorporadas na operação das hidrelétricas brasileiras", afirmou.

Temperaturas

O aumento das temperaturas tem colocado em xeque uma máxima conhecida entre os especialistas em meteorologia, de que no Brasil o verão é chuvoso e o inverno, seco. Em 2014, tem ocorrido o oposto, com o verão extremamente seco. A causa é um bloqueio atmosférico formado por uma massa de ar quente e seca, que tem impedido o avanço das frentes frias causadoras das chuvas.
Sampaio explica que, normalmente, esse sistema de alta pressão se forma no meio do oceano Atlântico. Porém, essa massa se posicionou mais próxima ao continente desta vez. Além de impedir as chuvas, o sistema de alta pressão se caracteriza por temperaturas elevadas, como pode ser observado nos sucessivos recordes de temperaturas registrados nas principais cidades brasileiras nas últimas semanas.
A ocorrência desse fenômeno gera o aumento da temperatura dos oceanos, intensificando o processo de evaporação. Com isso, nuvens mais profundas são formadas e, uma vez "furado" o bloqueio atmosférico, chuvas mais intensas ocorrem. No fim de semana passado, uma frente fria conseguiu superar a massa de ar quente e seca, ocasionando chuvas no Sul e no Sudeste. Em alguns municípios no interior de São Paulo, as chuvas foram tão fortes que pontos de alagamentos foram registrados, obrigando famílias a deixarem as suas casas. Contudo, o especialista afirma que a massa de ar quente e seca voltará a ganhar força nas duas próximas semanas, elevando novamente as temperaturas. A falta de chuvas, aliada ao consumo elevado de energia, contribuiu para reduzir significativamente o nível dos reservatórios.

Fonte, DN 
FOTO: CID BARBOSA

Sargento 'Linha Dura' assume o comando da Polícia Militar na cidade de Ipu


Polícia Militar do Ceará por meio da 3ª CIA do 7º BPM de Tianguá promoveu nesta segunda-feira (17/02), pela manhã a mudança de comando do Destacamento de Polícia Militar de Ipu.
O Sargento Batista Sousa  mais conhecido popularmente como "Linha dura" substitui o comandante Sargento Ferreira, que irá agora para a cidade de Ipueiras (CE). A mudança faz parte da filosofia de comando e de revezamento nos cargos de chefia.
O Sargento Linha Dura estava na cidade de Varjota (CE).
Fonte: Aconteceu Ipu

Nova Russas: Médicos cubanos do programa "Mais Médicos" brigam na cidade

Na última quarta feira (12/02), por volta das 19h, na Rua Quintino Bocaiuva, no centro de Nova Russas, ocorreu uma briga envolvendo 02 médicos cubanos, que trabalham no município para o programa "Mais Médicos".
Os médicos estavam em casa, quando houve um desentendimento e os dois profissionais vieram as vias de fato, sendo que o médico Nestor Hugo Alvorada Lisboa teve o seu maxilar quebrado, pelo também Dr. Hector Heredio Cosme. Um detalhe é que mesmo com o maxilar quebrado, Nestor pegou um pedaço de pau e passou a agredir o Dr. Hector, que também saiu lesionado.
Prontuário deHectorHeredioNoIJF(FOTO:Marcella)
Vale ressaltar que só não aconteceu algo pior, porque no momento da briga, a dona da casa onde os médicos estão hospedados chegou no local e conseguiu evitar que algo de pior pudesse acontecer. A dona da casa é uma policial militar, que trabalha em Nova Russas. O médico que teve o maxilar quebrado teve que ser levado ao Instituto Dr. José Frota, em Fortaleza. Alguém, que não conseguimos identificar, tentou esconder o caso, mas a nossa reportagem, mesmo assim, conseguiu todas as informações.

Fonte: Gonçalinho Rodrigues,
via Hidrolândia 24h

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Aquecimento global é inevitável e 6 bi morrerão, diz cientista

James Lovelock, renomado cientista, diz que o aquecimento global é irreversível - e que mais de 6 bilhões de pessoas vão morrer neste século

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James Lovelock, sempre provocador, acredita que a raça humana está em perigo real e imediato. "Será uma época sombria, mas emocionante"
Cortesia de James LovelockVeja a galeria completa
por POR JEFF GOODELL
Aos 88 anos, depois de quatro filhos e uma carreira longa e respeitada como um dos cientistas mais influentes do século 20, James Lovelock chegou a uma conclusão desconcertante: a raça humana está condenada. "Gostaria de ser mais esperançoso", ele me diz em uma manhã ensolarada enquanto caminhamos em um parque em Oslo (Noruega), onde o estudioso fará uma palestra em uma universidade. Lovelock é baixinho, invariavelmente educado, com cabelo branco e óculos redondos que lhe dão ares de coruja. Seus passos são gingados; sua mente, vívida; seus modos, tudo menos pessimistas. Aliás, a chegada dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse - guerra, fome, pestilência e morte - parece deixá-lo animado. "Será uma época sombria", reconhece. "Mas, para quem sobreviver, desconfio que vá ser bem emocionante."
Na visão de Lovelock, até 2020, secas e outros extremos climáticos serão lugar-comum. Até 2040, o Saara vai invadir a Europa, e Berlim será tão quente quanto Bagdá. Atlanta acabará se transformando em uma selva de trepadeiras kudzu. Phoenix se tornará um lugar inabitável, assim como partes de Beijing (deserto), Miami (elevação do nível do mar) e Londres (enchentes). A falta de alimentos fará com que milhões de pessoas se dirijam para o norte, elevando as tensões políticas. "Os chineses não terão para onde ir além da Sibéria", sentencia Lovelock. "O que os russos vão achar disso? Sinto que uma guerra entre a Rússia e a China seja inevitável." Com as dificuldades de sobrevivência e as migrações em massa, virão as epidemias. Até 2100, a população da Terra encolherá dos atuais 6,6 bilhões de habitantes para cerca de 500 milhões, sendo que a maior parte dos sobreviventes habitará altas latitudes - Canadá, Islândia, Escandinávia, Bacia Ártica.
Até o final do século, segundo o cientista, o aquecimento global fará com que zonas de temperatura como a América do Norte e a Europa se aqueçam quase 8 graus Celsius - quase o dobro das previsões mais prováveis do relatório mais recente do Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática, a organização sancionada pela ONU que inclui os principais cientistas do mundo. "Nosso futuro", Lovelock escreveu, "é como o dos passageiros em um barquinho de passeio navegando tranqüilamente sobre as cataratas do Niagara, sem saber que os motores em breve sofrerão pane". E trocar as lâmpadas de casa por aquelas que economizam energia não vai nos salvar. Para Lovelock, diminuir a poluição dos gases responsáveis pelo efeito estufa não vai fazer muita diferença a esta altura, e boa parte do que é considerado desenvolvimento sustentável não passa de um truque para tirar proveito do desastre. "Verde", ele me diz, só meio de piada, "é a cor do mofo e da corrupção."
Se tais previsões saíssem da boca de qualquer outra pessoa, daria para rir delas como se fossem devaneios. Mas não é tão fácil assim descartar as idéias de Lovelock. Na posição de inventor, ele criou um aparelho que ajudou a detectar o buraco crescente na camada de ozônio e que deu início ao movimento ambientalista da década de 1970. E, na posição de cientista, apresentou a teoria revolucionária conhecida como Gaia - a idéia de que nosso planeta é um superorganismo que, de certa maneira, está "vivo". Essa visão hoje serve como base a praticamente toda a ciência climática. Lynn Margulis, bióloga pioneira na Universidade de Massachusetts (Estados Unidos), diz que ele é "uma das mentes científicas mais inovadoras e rebeldes da atualidade". Richard Branson, empresário britânico, afirma que Lovelock o inspirou a gastar bilhões de dólares para lutar contra o aquecimento global. "Jim é um cientista brilhante que já esteve certo a respeito de muitas coisas no passado", diz Branson. E completa: "Se ele se sente pessimista a respeito do futuro, é importante para a humanidade prestar atenção."
Lovelock sabe que prever o fim da civilização não é uma ciência exata. "Posso estar errado a respeito de tudo isso", ele admite. "O problema é que todos os cientistas bem intencionados que argumentam que não estamos sujeitos a nenhum perigo iminente baseiam suas previsões em modelos de computador. Eu me baseio no que realmente está acontecendo."
Quando você se aproxima da casa de Lovelock em Devon, uma área rural no sudoeste da Inglaterra, a placa no portão de metal diz, claramente: "Estação Experimental de Coombe Mill. Local de um novo hábitat. Por favor, não entre nem incomode".
Depois de percorrer algumas centenas de metros em uma alameda estreita, ao lado de um moinho antigo, fica uma casinha branca com telhado de ardósia onde Lovelock mora com a segunda mulher, Sandy, uma norte-americana, e seu filho mais novo, John, de 51 anos e que tem incapacidade leve. É um cenário digno de conto de fadas, cercado de 14 hectares de bosques, sem hortas nem jardins com planejamento paisagístico. Parcialmente escondida no bosque fica uma estátua em tamanho natural de Gaia, a deusa grega da Terra, em homenagem à qual James Lovelock batizou sua teoria inovadora.
A maior parte dos cientistas trabalha às margens do conhecimento humano, adicionando, aos poucos, nova informações para a nossa compreensão do mundo. Lovelock é um dos poucos cujas idéias fomentaram, além da revolução científica, também a espiritual. "Os futuros historiadores da ciência considerarão Lovelock como o homem que inspirou uma mudança digna de Copérnico na maneira como nos enxergamos no mundo", prevê Tim Lenton, pesquisador de clima na Universidade de East Anglia, na Inglaterra. Antes de Lovelock aparecer, a Terra era considerada pouco mais do que um pedaço de pedra aconchegante que dava voltas em torno do Sol. De acordo com a sabedoria em voga, a vida evoluiu aqui porque as condições eram adequadas: não muito quente nem muito frio, muita água. De algum modo, as bactérias se transformaram em organismos multicelulares, os peixes saíram do mar e, pouco tempo depois, surgiu Britney Spears.
Na década de 1970, Lovelock virou essa idéia de cabeça para baixo com uma simples pergunta: Por que a Terra é diferente de Marte e de Vênus, onde a atmosfera é tóxica para a vida? Em um arroubo de inspiração, ele compreendeu que nossa atmosfera não foi criada por eventos geológicos aleatórios, mas sim devido à efusão de tudo que já respirou, cresceu e apodreceu. Nosso ar "não é meramente um produto biológico", James Lovelock escreveu. "É mais provável que seja uma construção biológica: uma extensão de um sistema vivo feito para manter um ambiente específico." De acordo com a teoria de Gaia, a vida é participante ativa que ajuda a criar exatamente as condições que a sustentam. É uma bela idéia: a vida que sustenta a vida. Também estava bem em sintonia com o tom pós-hippie dos anos 70. Lovelock foi rapidamente adotado como guru espiritual, o homem que matou Deus e colocou o planeta no centro da experiência religiosa da Nova Era. O maior erro de sua carreira, aliás, não foi afirmar que o céu estava caindo, mas deixar de perceber que estava. Em 1973, depois de ser o primeiro a descobrir que os clorofluocarbonetos (CFCs), um produto químico industrial, tinham poluído a atmosfera, Lovelock declarou que a acumulação de CFCs "não apresentava perigo concebível". De fato, os CFCs não eram tóxicos para a respiração, mas estavam abrindo um buraco na camada de ozônio. Lovelock rapidamente revisou sua opinião, chamando aquilo de "uma das minhas maiores bolas fora", mas o erro pode ter lhe custado um prêmio Nobel.
No início, ele também não considerou o aquecimento global como uma ameaça urgente ao planeta. "Gaia é uma vagabunda durona", ele explica com freqüência, tomando emprestada uma frase cunhada por um colega. Mas, há alguns anos, preocupado com o derretimento acelerado do gelo no Ártico e com outras mudanças relacionadas ao clima, ele se convenceu de que o sistema de piloto automático de Gaia está seriamente desregulado, tirado dos trilhos pela poluição e pelo desmatamento. Lovelock acredita que o planeta vai recuperar seu equilíbrio sozinho, mesmo que demore milhões de anos. Mas o que realmente está em risco é a civilização. "É bem possível considerar seriamente as mudanças climáticas como uma resposta do sistema que tem como objetivo se livrar de uma espécie irritante: nós, os seres humanos", Lovelock me diz no pequeno escritório que montou em sua casa. "Ou pelo menos fazer com que diminua de tamanho."
Se você digitar "gaia" e "religion" no Google, vai obter 2,36 milhões de páginas - praticantes de wicca, viajantes espirituais, massagistas e curandeiros sexuais, todos inspirados pela visão de Lovelock a respeito do planeta. Mas se você perguntar a ele sobre cultos pagãos, ele responde com uma careta: não tem interesse na espiritualidade desmiolada nem na religião organizada, principalmente quando coloca a existência humana acima de tudo o mais. Em Oxford, certa vez ele se levantou e repreendeu Madre Teresa por pedir à platéia que cuidasse dos pobres e "deixasse que Deus tomasse conta da Terra". Como Lovelock explicou a ela, "se nós, as pessoas, não respeitarmos a Terra e não tomarmos conta dela, podemos ter certeza de que ela, no papel de Gaia, vai tomar conta de nós e, se necessário for, vai nos eliminar".
Gaia oferece uma visão cheia de esperança a respeito de como o mundo funciona. Afinal de contas, se a Terra é mais do que uma simples pedra que gira ao redor do sol, se é um superorganismo que pode evoluir, isso significa que existe certa quantidade de perdão embutida em nosso mundo - e essa é uma conclusão que vai irritar profundamente estudiosos de biologia e neodarwinistas de absolutamente todas as origens.
Para Lovelock, essa é uma idéia reconfortante. Considere a pequena propriedade que ele tem em Devon. Quando ele comprou o terreno, há 30 anos, era rodeada por campos aparados por mil anos de ovelhas pastando. E ele se empenhou em devolver a seus 14 hectares um caráter mais próximo do natural. Depois de consultar um engenheiro florestal, plantou 20 mil árvores - amieiros, carvalhos, pinheiros. Infelizmente, plantou muitas delas próximas demais, e em fileiras. Agora, as árvores estão com cerca de 12 metros de altura, mas em vez de ter ar "natural", partes do terreno dele parecem simplesmente um projeto de reflorestamento mal executado. "Meti os pés pelas mãos", Lovelock diz com um sorriso enquanto caminhamos no bosque. "Mas, com o passar dos anos, Gaia vai dar um jeito."
Até pouco tempo atrás, Lovelock achava que o aquecimento global seria como sua floresta meia-boca - algo que o planeta seria capaz de corrigir. Então, em 2004, Richard Betts, amigo de Lovelock e pesquisador no Centro Hadley para as Mudanças Climáticas - o principal instituto climático da Inglaterra -, convidou-o para dar uma passada lá e bater um papo com os cientistas. Lovelock fez reunião atrás de reunião, ouvindo os dados mais recentes a respeito do gelo derretido nos pólos, das florestas tropicais cada vez menores, do ciclo de carbono nos oceanos. "Foi apavorante", conta.
"Mostraram para nós cinco cenas separadas de respostas positivas em climas regionais - polar, glacial, floresta boreal, floresta tropical e oceanos -, mas parecia que ninguém estava trabalhando nas conseqüências relativas ao planeta como um todo." Segundo ele, o tom usado pelos cientistas para falar das mudanças que testemunharam foi igualmente de arrepiar: "Parecia que estavam discutindo algum planeta distante ou um universo-modelo, em vez do lugar em que todos nós, a humanidade, vivemos".
Quando Lovelock estava voltando para casa em seu carro naquela noite, a compreensão lhe veio. A capacidade de adaptação do sistema se perdera. O perdão fora exaurido. "O sistema todo", concluiu, "está em modo de falha." Algumas semanas depois, ele começou a trabalhar em seu livro mais pessimista, A Vingança de Gaia, publicado no Brasil em 2006. Na sua visão, as falhas nos modelos climáticos computadorizados são dolorosamente aparentes. Tome como exemplo a incerteza relativa à projeção do nível do mar: o IPCC, o painel da ONU sobre mudanças climáticas, estima que o aquecimento global vá fazer com que a temperatura média da Terra aumente até 6,4 graus Celsius até 2100. Isso fará com que geleiras em terra firme derretam e que o mar se expanda, dando lugar à elevação máxima do nível de mar de apenas pouco menos de 60 centímetros. A Groenlândia, de acordo com os modelos do IPCC, demorará mil anos para derreter.
Mas evidências do mundo real sugerem que as estimativas do IPCC são conservadoras demais. Para começo de conversa, os cientistas sabem, devido aos registros geológicos, que há 3 milhões de anos, quando as temperaturas subiram cinco graus acima dos níveis atuais, os mares subiram não 60 centímetros, mas 24 metros. Além do mais, medidas feitas por satélite recentemente indicam que o Ártico está derretendo com tanta rapidez que a região pode ficar totalmente sem gelo até 2030. "Quem elabora os modelos não tem a menor noção sobre derretimento de placas de gelo", desdenha o estudioso, sem sorrir.
Mas não é apenas o gelo que invalida os modelos climáticos. Sabe-se que é difícil prever corretamente a física das nuvens, e fatores da biosfera, como o desmatamento e o derretimento da Tundra, raramente são levados em conta. "Os modelos de computador não são bolas de cristal", argumenta Ken Caldeira, que elabora modelos climáticos na Universidade de Stanford, cuja carreira foi profundamente influenciada pelas idéias de Lovelock. "Ao observar o passado, fazemos estimativas bem informadas em relação ao futuro. Os modelos de computador são apenas uma maneira de codificar esse conhecimento acumulado em apostas automatizadas e bem informadas."
Aqui, em sua essência supersimplificada, está o cenário pessimista de Lovelock: o aumento da temperatura significa que mais gelo derreterá nos pólos, e isso significa mais água e terra. Isso, por sua vez, faz aumentar o calor (o gelo reflete o sol, a terra e a água o absorvem), fazendo com que mais gelo derreta. O nível do mar sobe. Mais calor faz com que a intensidade das chuvas aumente em alguns lugares e com que as secas se intensifiquem em outros. As florestas tropicais amazônicas e as grandes florestas boreais do norte - o cinturão de pinheiros e píceas que cobre o Alasca, o Canadá e a Sibéria - passarão por um estirão de crescimento, depois murcharão até desaparecer. O solo permanentemente congelado das latitudes do norte derrete, liberando metano, um gás que contribui para o efeito estufa e que é 20 vezes mais potente do que o CO2... e assim por diante. Em um mundo de Gaia funcional, essas respostas positivas seriam moduladas por respostas negativas, sendo que a maior de todas é a capacidade da Terra de irradiar calor para o espaço. Mas, a certa altura, o sistema de regulagem pára de funcionar e o clima dá um salto - como já aconteceu muitas vezes no passado - para uma nova situação, mais quente. Não é o fim do mundo, mas certamente é o fim do mundo como o conhecemos.
O cenário pessimista de Lovelock é desprezado por pesquisadores de clima de renome, sendo que a maior parte deles rejeita a idéia de que haja um único ponto de desequilíbrio para o planeta inteiro. "Ecossistemas individuais podem falhar ou as placas de gelo podem entrar em colapso", esclarece Caldeira, "mas o sistema mais amplo parece ser surpreendentemente adaptável." No entanto, vamos partir do princípio, por enquanto, de que Lovelock esteja certo e que de fato estejamos navegando por cima das cataratas do Niagara. Simplesmente vamos acenar antes de cair? Na visão de Lovelock, reduções modestas de emissões de gases que contribuem para o efeito estufa não vão nos ajudar - já é tarde demais para deter o aquecimento global trocando jipões a diesel por carrinhos híbridos. E a idéia de capturar a poluição de dióxido de carbono criada pelas usinas a carvão e bombear para o subsolo? "Não há como enterrar quantidade suficiente para fazer diferença." Biocombustíveis? "Uma idéia monumentalmente idiota." Renováveis? "Bacana, mas não vão nem fazer cócegas." Para Lovelock, a idéia toda do desenvolvimento sustentável é equivocada: "Deveríamos estar pensando em retirada sustentável".
A retirada, na visão dele, significa que está na hora de começar a discutir a mudança do lugar onde vivemos e de onde tiramos nossos alimentos; a fazer planos para a migração de milhões de pessoas de regiões de baixa altitude, como Bangladesh, para a Europa; a admitir que Nova Orleans já era e mudar as pessoas para cidades mais bem posicionadas para o futuro. E o mais importante de tudo é que absolutamente todo mundo "deve fazer o máximo que pode para sustentar a civilização, de modo que ela não degenere para a Idade das Trevas, com senhores guerreiros mandando em tudo, o que é um perigo real. Assim, podemos vir a perder tudo".
Até os amigos de Lovelock se retraem quando ele fala assim. "Acho que ele está deixando nossa cota de desespero no negativo", diz Chris Rapley, chefe do Museu de Ciência de Londres, que se empenhou com afinco para despertar a consciência mundial sobre o aquecimento global. Outros têm a preocupação justificada de que as opiniões de Lovelock sirvam para dispersar o momento de concentração de vontade política para impor restrições pesadas às emissões de gases poluentes que contribuem para o efeito estufa. Broecker, o paleoclimatologista de Columbia, classifica a crença de Lovelock de que reduzir a poluição é inútil como "uma bobagem perigosa".
"Eu gostaria de poder dizer que turbinas de vento e painéis solares vão nos salvar", Lovelock responde. "Mas não posso. Não existe nenhum tipo de solução possível. Hoje, há quase 7 bilhões de pessoas no planeta, isso sem falar nos animais. Se pegarmos apenas o CO2 de tudo que respira, já é 25% do total - quatro vezes mais CO2 do que todas as companhias aéreas do mundo. Então, se você quer diminuir suas emissões, é só parar de respirar. É apavorante. Simplesmente ultrapassamos todos os limites razoáveis em números. E, do ponto de vista puramente biológico, qualquer espécie que faz isso tem que entrar em colapso."
Mas isso não é sugerir, no entanto, que Lovelock acredita que deveríamos ficar tocando harpa enquanto assistimos o mundo queimar. É bem o contrário. "Precisamos tomar ações ousadas", ele insiste. "Temos uma quantidade enorme de coisas a fazer." De acordo com a visão dele, temos duas escolhas: podemos retornar a um estilo de vida mais primitivo e viver em equilíbrio com o planeta como caçadores-coletores ou podemos nos isolar em uma civilização muito sofisticada, de altíssima tecnologia. "Não há dúvida sobre que caminho eu preferiria", diz certa manhã, em sua casa, com um sorriso aberto no rosto enquanto digita em seu computador. "Realmente, é uma questão de como organizamos a sociedade - onde vamos conseguir nossa comida, nossa água. Como vamos gerar energia."
Em relação à água, a resposta é bem direta: usinas de dessalinização, que são capazes de transformar água do mar em água potável. O suprimento de alimentos é mais difícil: o calor e a seca vão acabar com a maior parte das regiões de plantações de alimentos hoje existentes. Também vão empurrar as pessoas para o norte, onde vão se aglomerar em cidades. Nessas áreas, não haverá lugar para quintais ajardinados. Como resultado, Lovelock acredita, precisaremos sintetizar comida - teremos que criar alimentos em barris com culturas de tecidos de carnes e vegetais. Isso parece muito exagerado e profundamente desagradável, mas, do ponto de vista tecnológico, não será difícil de realizar.
O fornecimento contínuo de eletricidade também será vital, segundo ele. Cinco dias depois de visitar o centro Hadley, Lovelock escreveu um artigo opinativo polêmico, intitulado: "Energia nuclear é a única solução verde". Lovelock argumentava que "devemos usar o pequeno resultado dos renováveis com sensatez", mas que "não temos tempo para fazer experimentos com essas fontes de energia visionárias; a civilização está em perigo iminente e precisa usar a energia nuclear - a fonte de energia mais segura disponível - agora ou sofrer a dor que em breve será infligida a nosso planeta tão ressentido".
Ambientalistas urraram em protesto, mas qualquer pessoa que conhecia o passado de Lovelock não se surpreendeu com sua defesa à energia nuclear. Aos 14 anos, ao ler que a energia do sol vem de uma reação nuclear, ele passou a acreditar que a energia nuclear é uma das forças fundamentais no universo. Por que não aproveitá-la? No que diz respeito aos perigos - lixo radioativo, vulnerabilidade ao terrorismo, desastres como o de Chernobyl - Lovelock diz que este é dos males o menos pior: "Mesmo que eles tenham razão a respeito dos perigos, e não têm, continua não sendo nada na comparação com as mudanças climáticas".
Como último recurso, para manter o planeta pelo menos marginalmente habitável, Lovelock acredita que os seres humanos podem ser forçados a manipular o clima terrestre com a construção de protetores solares no espaço ou instalando equipamentos para enviar enormes quantidades de CO2 para fora da atmosfera. Mas ele considera a geoengenharia em larga escala como um ato de arrogância - "Imagino que seria mais fácil um bode se transformar em um bom jardineiro do que os seres humanos passarem a ser guardiões da Terra". Na verdade, foi Lovelock que inspirou seu amigo Richard Branson a oferecer um prêmio de US$ 25 milhões para o "Virgin Earth Challenge" (Desafio Virgin da Terra), que será concedido à primeira pessoa que conseguir criar um método comercialmente viável de remover os gases responsáveis pelo efeito estufa da atmosfera. Lovelock é juiz do concurso, por isso não pode participar dele, mas ficou intrigado com o desafio. Sua mais recente idéia: suspender centenas de milhares de canos verticais de 18 metros de comprimento nos oceanos tropicais, colocar uma válvula na base de cada cano e permitir que a água das profundezas, rica em nutrientes, seja bombeada para a superfície pela ação das ondas. Os nutrientes das águas das profundezas aumentariam a proliferação das algas, que consumiriam o dióxido de carbono e ajudariam a resfriar o planeta. "É uma maneira de contrabalançar o sistema de energia natural da Terra usando ele próprio", Lovelock especula. "Acho que Gaia aprovaria."
Oslo é o tipo perfeito de cidade para Lovelock. Fica em latitudes do norte, que ficarão mais temperadas na medida em que o clima for esquentando; tem água aos montes; graças a suas reservas de petróleo e gás, é rica; e lá já há muito pensamento criativo relativo à energia, incluindo, para a satisfação de Lovelock, discussões renovadas a respeito da energia nuclear. "A questão principal a ser discutida aqui é como manejar as hordas de pessoas que chegarão à cidade", Lovelock avisa. "Nas próximas décadas, metade da população do sul da Europa vai tentar se mudar para cá."
Nós nos dirigimos para perto da água, passando pelo castelo de Akershus, uma fortaleza imponente do século 13 que funcionou como quartel-general nazista durante a ocupação da cidade na Segunda Guerra Mundial. Para Lovelock, os paralelos entre o que o mundo enfrentou naquela época e o que enfrenta hoje são bem claros. "Em certos aspectos, é como se estivéssemos de novo em 1939", ele afirma. "A ameaça é óbvia, mas não conseguimos nos dar conta do que está em jogo. Ainda estamos falando de conciliação."
Naquele tempo, como hoje, o que mais choca Lovelock é a ausência de liderança política. Apesar de respeitar as iniciativas de Al Gore para conscientizar as pessoas, não acredita que nenhum político tenha chegado perto de nos preparar para o que vem por aí. "Em muito pouco tempo, estaremos vivendo em um mundo desesperador, comenta Lovelock. Ele acredita que está mais do que na hora para uma versão "aquecimento global" do famoso discurso que Winston Churchill fez para preparar a Grã-Bretanha para a Segunda Guerra Mundial: "Não tenho nada a oferecer além de sangue, trabalho, lágrimas e suor". "As pessoas estão prontas para isso", Lovelock dispara quando passamos sob a sombra do castelo. "A população entende o que está acontecendo muito melhor do que a maior parte dos políticos."
Independentemente do que o futuro trouxer, é provável que Lovelock não esteja por aí para ver. "O meu objetivo é viver uma vida retangular: longa, forte e firme, com uma queda rápida no final", sentencia. Lovelock não apresenta sinais de estar se aproximando de seu ponto de queda. Apesar de já ter passado por 40 operações, incluindo ponte de safena, continua viajando de um lado para o outro no interior inglês em seu Honda branco, como um piloto de Fórmula 1. Ele e Sandy recentemente passaram um mês de férias na Austrália, onde visitaram a Grande Barreira de Corais. O cientista está prestes a começar a escrever mais um livro sobre Gaia. Richard Branson o convidou para o primeiro vôo do ônibus espacial Virgin Galactic, que acontecerá no fim do ano que vem - "Quero oferecer a ele a visão de Gaia do espaço", diz Branson. Lovelock está ansioso para fazer o passeio, e planeja fazer um teste em uma centrífuga até o fim deste ano para ver se seu corpo suporta as forças gravitacionais de um vôo espacial. Ele evita falar de seu legado, mas brinca com os filhos dizendo que quer ver gravado na lápide de seu túmulo: "Ele nunca teve a intenção de ser conciliador".
Em relação aos horrores que nos aguardam, Lovelock pode muito bem estar errado. Não por ter interpretado a ciência erroneamente (apesar de isso certamente ser possível), mas por ter interpretado os seres humanos erroneamente. Poucos cientistas sérios duvidam que estejamos prestes a viver uma catástrofe climática. Mas, apesar de toda a sensibilidade de Lovelock para a dinâmica sutil e para os ciclos de resposta no sistema climático, ele se mostra curiosamente alheio à dinâmica sutil e aos ciclos de resposta no sistema humano. Ele acredita que, apesar dos nossos iPhones e dos nossos ônibus espaciais, continuamos sendo animais tribais, amplamente incapazes de agir pelo bem maior ou de tomar decisões de longo prazo que garantam nosso bem-estar. "Nosso progresso moral", diz Lovelock, "não acompanhou nosso progresso tecnológico."
Mas talvez seja exatamente esse o motivo do apocalipse que está por vir. Uma das questões que fascina Lovelock é a seguinte: A vida vem evoluindo na Terra há mais de 3 bilhões de anos - e por que motivo? "Gostemos ou não, somos o cérebro e o sistema nervoso de Gaia", ele explica. "Agora, assumimos responsabilidade pelo bem-estar do planeta. Como vamos lidar com isso?"
Enquanto abrimos caminho no meio dos turistas que se dirigem para o castelo, é fácil olhar para eles e ficar triste. Mais difícil é olhar para eles e ter esperança. Mas quando digo isso a Lovelock, ele argumenta que a raça humana passou por muitos gargalos antes - e que talvez sejamos melhores por causa disso. Então ele me conta a história de um acidente de avião, anos atrás, no aeroporto de Manchester. "Um tanque de combustível pegou fogo durante a decolagem", recorda. "Havia tempo de sobra para todo mundo sair, mas alguns passageiros simplesmente ficaram paralisados, sentados nas poltronas, como tinham lhes dito para fazer, e as pessoas que escaparam tiveram que passar por cima deles para sair. Era perfeitamente óbvio o que era necessário fazer para sair, mas eles não se mexiam. Morreram carbonizados ou asfixiados pela fumaça. E muita gente, fico triste em dizer, é assim. E é isso que vai acontecer desta vez, só que em escala muito maior."
Lovelock olha para mim com olhos azuis muito firmes. "Algumas pessoas vão ficar sentadas na poltrona sem fazer nada, paralisadas de pânico. Outras vão se mexer. Vão ver o que está prestes a acontecer, e vão tomar uma atitude, e vão sobreviver. São elas que vão levar a civilização em frente."
(Tradução de Ana Ban)