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Gilmar, um cientista(químico) brasileiro, criou combustível ilegalmente em sua casa. Ao ser preso, Gilmar alegou que o produto encontrado em seu galpão era, na verdade, um produto usado para limpeza e não combustível, assim como alegavam os policiais.
A gasolina criada pelo químico era livre de petróleo, sua fórmula continha uma mistura de metanol e solventes. As dosagens e forma de processamento ainda são desconhecidas. O que se sabe é que ela funcionava e que Gilmar produzia cerca de 10 mil litros por mês.
Segundo o engenheiro químico e chefe da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Renato Zucchetti, a gasolina era de alta eficiência, em baixa e em alta rotação
“É impressionante. Chega com o tanque vazio, coloca aquela gasolina e sai andando normalmente. Estávamos diante de um ‘professor pardal’, que conseguiu criar uma fórmula sem o petróleo como matéria-prima”, afirmou Tarcísio Kaltbach, delegado da 1ª DP de Nvo Hamburgo, Porto Alegre.
Foi informado que Gilmar vendia seu combustível a R$1,50 litro. Mesmo sendo muito eficiente, o uso de tal poderia causar danos mecânicos aos automóveis que o utilizavam.
O químico de 57 anos foi preso na operação Octanagem, do Ministério Público de Porto Alegre e da do 1º Departamento de Polícia de Nono Hamburgo. O suspeito foi preso em flagrante por produção e venda de combustível sem autorização da Agencia Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP).
Verdade ou farsa?
A acusação era a de que o sujeito estava comercializando combustíveis sem autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), infringindo a Lei n.º 8.176/1991 (que define os crimes contra a ordem econômica).
A polícia constatou que o homem tinha armazenado 600 litros do combustível, além de anotações da fórmula do produto, que era vendido por R$ 3 o litro.
Acontece que o “combustível alternativo” do “inventor” era nada além do já conhecido metanol (misturado com outros compostos químicos), um álcool obtido da destilação seca de madeiras e isolado em 1661.
Por isso, o metanol é usado atualmente apenas como solvente na produção de polímeros sintéticos, na extração de óleos vegetais e animais e na obtenção do éter metílico-terciobutílico (MTBE) que é usado nos EUA para aumentar a octanagem da gasolina – além de ser usado na indústria para diversos outros fins (menos o de combustível).
Como é explicado nesse verbete do Wikipédia, esse álcool é altamente tóxico e sua venda é estritamente controlada pela Polícia Federal, sendo que apenas empresas cadastradas e com registro das notas fiscais de compra podem comercializa-lo.
O site Brasil Escola explica que:
“[…] a utilização do metanol como combustível foi duramente criticada, pois essa substância polui o meio ambiente, é extremamente tóxica e, em caso de incêndio, sua chama é limpa e clara, praticamente invisível, fato que dificulta o controle do fogo. Outro problema citado é com relação à saúde, visto que o contato frequente com o metanol pode causar câncer, irritação nos olhos, dor de cabeça, vômito, náusea, etc.”
Conclusão
O químico gaúcho não inventou um novo tipo de gasolina. Na verdade, ele foi preso por comercializar “metanol batizado” sem autorização para isso e alguém modificou a notícia para dar a impressão de que ele teria sido pego pela “máfia petrolífera”. Esse tipo de álcool corrói o motor do veículo, além de fazer mal à saúde!
Fonte:http://www.24horasnews.com.br/noticias/ver/genio-brasileiro-cria-gasolina-sem-petroleo-e-acaba-preso.html