segunda-feira, 16 de maio de 2022

Provedores formalizam pedido de cancelamento de taxa e cobram novo posicionamento da Enel

 Impasse segue sem definição depois de recusa de contraproposta da Enel

Escrito por Redação


Legenda: Cobrança por compartilhamento da infraestrutura pode chegar a R$ 75 mensais por CTO instalada.

Foto: Kid Júnior

Os provedores de internet, por meio da comissão técnica que negocia a cobrança da taxa de compartilhamento de infraestrutura proposta pela Enel, formalizaram a recusa de contraproposta da concessionária e a solicitação de um novo posicionamento da empresa sobre o assunto.

O documento, protocolado na última sexta-feira (13), traz um resumo da disputa e reúne os argumentos de porquê a cobrança seria prejudicial ao setor de telecomunicações do Ceará e aos consumidores, além de apontar simulações do impacto econômico-financeiro.

Membro da comissão como representante local, Elgton Lucena reforça o teor do documento e destaca o apoio de parlamentares que endossam o pedido de suspensão da possível taxa.

Foi feito um documento junto com a Associação Brasileira de Provedores de Internet (Abrint), pontuando todas as colocações que foram feitas na última reunião que tivemos na Assembleia. Conseguimos o apoio de vários deputados endossando o que o documento diz. Nesse documento, tem toda a explicação de porquê o preço é abusivo, tem explicações técnicas, tem comparações do impacto socioeconômico no Estado se a cobrança abusiva for continuada".
ELGTON LUCENA
Empresário e membro da comissão técnica

Simulação de impactos

Segundo o texto do documento, o valor médio a ser pago para a maioria dos provedores locais por Caixa de Terminação Óptica (CTO), ou seja, as "caixas" acopladas nos postes e permitem o fornecimento e gerenciamento da rede, será de cerca de R$ 69,24 por mês.

Simulando a cobrança sobre a situação real de uma empresa do Estado que possui 8,5 mil clientes e 2,6 mil CTOs, o custo operacional com o pagamento da taxa deve subir R$ 180 mil.

Ainda conforme o documento, com um ticket médio de R$ 75 por cliente, o valor a mais a ser destinado à Enel representaria 28,23% da receita bruta da empresa.

Além disso, a simulação também indica que o valor médio dos planos tenha que subir de R$ 75 para cerca de R$ 96,17 para manter a saúde financeira dos provedores, uma diferença de R$ 21,17 mensais a serem repassados ao consumidor final.

Entenda o impasse

Em fevereiro, o Diário do Nordeste noticiou com exclusividade que a Enel Ceará iria cobrar a partir de março uma tarifa mensal relativa aos equipamentos instalados nos postes de energia. 

Podendo chegar a R$ 75 por poste, a tarifa deve elevar significativamente os custos dos provedores de menor porte, que estimam um reajuste de até 70% no valor dos planos oferecidos ao consumidor final por conta da nova despesa.

Com a previsão de perderem competitividade após essa correção, empresários preveem falências no setor.

Após repercussão, os provedores se reuniram com a Enel para discutir a cobrança, ocasião em que foi criada a comissão técnica para debater os pormenores da situação e chegar a um comum-acordo.

Em abril, a concessionária propôs reduzir o multiplicador do índice que calcula o valor da cobrança, previsto em contrato, de seis para quatro.

A proposta foi recusada pela categoria na ocasião da audiência, posicionamento reforçado no documento protocolado na última sexta (13).

O que diz a Enel

Procurada, a Enel informou, por meio de nota, que vai analisar o documento e "que tem mantido um diálogo constante com o Comitê sobre o tema".

Questionada se estaria avaliando uma segunda proposta ou mesmo a possibilidade de atender ao pedido de cancelamento da taxa, a Enel não deu detalhes.

CONFIRA A NOTA COMPLETA:

"A Enel Distribuição Ceará informa que vai analisar o  documento enviado pela Comissão Técnica dos Provedores de Internet e Telecomunicação, entregue à companhia na última sexta (13). A distribuidora acrescenta que tem mantido um diálogo constante com o Comitê sobre o tema."

Fonte: Diário do Nordeste

quarta-feira, 11 de maio de 2022

Redução do imposto de importação: saiba quais produtos podem ficar mais baratos para consumidor

 Para frear a inflação, o governo federal reduziu o imposto de 11 produtos da cesta básica e construção civil

Escrito por Redação

Legenda: Carnes, bolachas, biscoitos e itens de padaria foram alguns que tiveram redução da alíquota
Foto: Fabiane de Paula

Em meio à escalada da inflação, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Governo Federal aprovou nesta quarta-feira (11) a retirada do imposto de importação de 11 produtos que fazem parte da cesta básica e da construção civil.

A redução para alguns itens foi de 16,2% de alíquota para zero. Houve casos também em que o imposto ficou em 4%.

De acordo com a Camex, a renúncia fiscal com a retirada do imposto é da ordem de R$ 700 milhões.

A medida é válida até o dia 31 de dezembro de 2022. Para o secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, a retirada do imposto é uma forma de tentar conter a inflação, que acumula alta de 12,13% nos últimos 12 meses, de acordo com dados divulgados hoje pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

"Essas medidas não revertem inflação, mas empresários pensam duas vezes antes de aumentar os preços dos produtos", diz.

Produtos mais baratos

A redução de alíquota vale para produtos como biscoitos e bolachas, carnes e produtos de aço. Veja como ficará:

  • Carnes desossadas de boi congeladas: de 10,8% para zero
  • Pedaços de frango: de 9% para zero
  • Farinha de trigo: de 10,8% para zero
  • Trigo: de 9% para zero
  • Bolachas e biscoitos: de 16,2% para zero
  • Outros itens de padaria e pastelaria: de 16,2% para zero
  • Produtos do aço, vergalhão CA 50 e CA 60: de 10,8% para 4%
  • Ácido sulfúrico: de 3,6% para zero
  • Mancoseb (fungicida): de 12,6% para 4%
  • Milho em grãos: de 7,2% para zero

segunda-feira, 2 de maio de 2022

Gato Januário, que morreu de velhice e foi hit na internet, era cearense e 'torcia' Fortaleza

 scrito por , 

O felino era sucesso nas redes sociais por meio de seu próprio perfil, com o nome de Francisco Januário Nogueira Rocha

Legenda: Januário Nogueira virou sucesso na web desde 2017
Foto: Arquivo pessoal

gato Januário, que teve a morte anunciada nesta segunda-feira (2) nas redes sociais pelo tutor Carlos Nogueira, era cearense de Caucaia, na Grande Fortaleza. O felino morava no distrito de Catuana com o dono, que postava a rotina dele e de outros animais na internet. 

Junto aos irmãos Churupeta e Jacó — que morreu atropelado, no fim de abril —, Januário era sucesso e tinha um perfil próprio no Facebook com seu nome completo: Francisco Januário Nogueira Rocha. 

TORCEDOR 

felino também "torcia" Fortaleza, segundo o tutor Carlos Nogueira. O autônomo de 45 anos é fanático pelo time e conversou com o Diário do Nordeste. Ele ainda está abalado com a perda e disse que toda a vizinhança também. 

Foto: Arquivo pessoal

Adotado já grande por Carlos, Januário morreu "de velhice" e de forma natural, conforme o cearense. Ele agradeceu aos seguidores pelo carinho.

"Estou muito feliz com o carinho dos seguidores do Januário que estão me mandando muitas mensagens de carinho", comenta.

VIRAIS 

Em um dos vídeos divulgados pelo tutor, Januário aparecia dormindo em uma rede. "Ei, Januário, se acordar, tomar café…orra… vai tomar café? Bora? Vai não? Vixe! Vai dormir mais? Hmm? É? Tá, pode dormir", brincava Francisco nas imagens.

Gato januário nas redes sociais
Legenda: Gato viralizou ao ser comparado a um bolo
Foto: reprodução/Facebook

Um dos memes famosos de Januário é o que ele foi comparado a um bolo, por estar deitado e contorcido em cima de uma mesa.

Fonte: Diário do Nordeste