terça-feira, 18 de abril de 2023

Prisão preventiva de suspeito de divulgar fotos de Marília Mendonça é decretada no Distrito Federal

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André Felipe de Souza Alves Pereira já havia disseminado fotos de corpos de outros artistas

Legenda: Suspeito de disseminar fotos do corpo de Marília Mendonça tem prisão preventiva decretada
Foto: Reprodução/Instagram

André Felipe de Souza Alves Pereira, de 22 anos, que divulgou fotos da cantora Marília Mendonça, teve a prisão preventiva decretada nesta terça-feira (18), após audiência de custódia, no Distrito Federal. O suspeito também já havia utilizado uma rede sociail para expor imagens de perícia dos sertanejos Gabriel Dinis e Cristiano Araújo no Instituto de Medicina Legal.

O celular de André já foi apreendido e passará por perícia, conforme informou o delegado Eduardo Fabbro, da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos. Agora, a investigação visa entender como o suspeito adquiriu as imagens.

A pena para o crime de vilipêndio de cadáver, crime de humilhação e desrespeito contra cadáver, pode variar entre um a três anos de prisão com pagamento de multa, segundo o artigo 212 do Código Penal. 

Perfis que publicam essas imagens também podem violar as diretrizes e termos de uso das plataformas, que podem remover o conteúdo considerado ofensivo. Se não o fizerem, a família pode acionar a Justiça.

VAZAMENTO DAS FOTOS DE MARÍLIA 

Na última quinta-feira (13), as fotos da autópsia do corpo de Marília Mendonça vazaram, e a equipe da cantora sertaneja se pronunciou, dizendo que estava "chocada" com o conteúdo.

Mãe de Marília, Dona Ruth se pronunciou, na sexta-feira (14), sobre o vazamento das fotos do corpo da filha. Em pedido para que imagens não sejam compartilhadas, ela afirmou que as redes não podem ser "terra sem lei". "Não respeitam a memória, não respeitam a dor da família", disse, ressaltando que toda a família está chocada.

O irmão da cantora, João Gustavo, relatou no mesmo dia que voltou a sofrer pela morte da irmã por conta do vazamento. "Estou revivendo tudo que passei, estou mal e completamente arrasado, peço que colaborem denunciando esses monstros que não tem nenhuma empatia pelo próximo! A justiça será feita da forma correta", escreveu no Twitter. 

Fonte: Diário do Nordeste



Prefeito de Pacatuba e outras 22 pessoas são alvos em operação do MPCE

 Operação Polímata foi deflagrada pelo órgão em parceria com a Polícia Civil

Escrito por Mylena Gadelha e Messias Borges

Legenda: Prefeiro de Pacatuba, Carlomano Marques
Foto: reprodução/Facebook

prefeito de Pacatuba, Carlomano Gomes Marques (MDB), se tornou alvo de mandado de prisão, na manhã desta terça-feira (18), durante a operação Polímata, deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) para apurar a prática de crimes contra a administração pública e licitatórios na Prefeitura do Município. Outras 22 pessoas foram detidas por conta dos mandados cumpridos no início desta manhã.

A informação inicial do MP aponta que o titular da Prefeitura foi preso, assim como os demais. No entanto, a defesa de Carlomano Marques, representado pelo advogado Leandro Vasques, alega que ele precisou ser hospitalizado por conta de uma série de comorbidades

"Desta forma o prefeito Carlomano já se encontra internado numa unidade hospitalar à disposição das autoridades, pois sequer reunia cenário favorável a prestar depoimento", diz a defesa do político.

Confirmando, o MPCE reforçou que o mandado de prisão contra o prefeito foi, de fato, cumprido. Entretanto, por conta dos problemas de saúde, ele foi conduzido ao hospital, onde permanece sob escolta policial com o intuito de ouvi-lo nos próximos dias.

viatura da Polícia Civil em frente à prefeitura de Pacatuba
Legenda: Polícia Civil esteve na sede da prefeitura de Pacatuba na manhã desta terça-feira (18)
Foto: Ismael Soares

OUTROS DETIDOS

Dentre os demais 22 alvos, foram detidos os secretários:

  • 1. Glauciane de Sousa Ferreira, da secretaria de Assistência Social, Mulher, Cidadania e Direitos Humanos de Pacatuba; 
  • 2. Wilames Freire Bezerra, da secretaria de Saúde de Pacatuba; 
  • 3. Armando Gomes Marques, da secretaria de Desenvolvimento Agrário de Pacatuba 
  • 4. Fernanda Kelly Souza Soares, da secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pacatuba; 
  • 5. Maiane de Souza Silva, da secretaria de Finanças

Segundo o MP, também foram detidos: Kauan Alves Silva de Oliveira, Raimundo Nonato Souza da Costa e Osvaldo Cavalcante Pita Neto, coordenadores de despesas da prefeitura; José Glauco Moreira da Silva Filho, diretor do Fundo Municipal de Previdência Social; Michelle Severo de Mesquita, Procuradora Geral de Pacatuba; Maria Eliane da Penha Almeida, ex-secretária de Educação; e Gabriel Pactrick Bezerra e Silva, Elerson Vieira de Souza, Francisco Lucas de Lima, Igor Evangelista da Silva, Antônio Elieudo Pereira de Oliveira, Douglas Alexandre Felipe, André Lucas Silva de Oliveira, Jéssica Maria Domingos Ferreira, Raimundo Idevan Martins de Lima e Paulo Jefferson Felismino dos Santos.

ALVO DA OPERAÇÃO

Em nota oficial, o MPCE informou que ainda foram alvos "representantes de empresas fornecedoras que mantinham vínculo com a Prefeitura por meio de contratos firmados com dispensa de licitação".

Com a operação, o Poder Judiciário determinou o encerramento dos contratos firmados entre a Prefeitura e as pessoas físicas e jurídicas investigadas.

Ainda foram cumpridos 37 mandados de busca e apreensão em Fortaleza, Pacatuba, Caucaia, Horizonte e Iguatu, com apreensão de cerca de R$ 400 mil

imagens de itens apreendidos
Legenda: Itens apreendidos na operação do MP
Foto: Divulgação/MPCE

INVESTIGAÇÃO

A investigação, esclarece o Ministério Público, apura a prática de crimes contra a administração pública e licitatórios no âmbito da Prefeitura com foco nos anos de 2021 e 2022. 

A Procuradoria de Justiça de Crimes contra a Administração Pública (Procap) pontuou que várias unidades gestoras e secretarias recorriam a dispensas de licitação, contratando fornecedores, incluindo pessoas físicas, com indicativo de ausência de capacidade operacional.

A finalidade, então, seria a execução de uma multiplicidade de atividades, com despesas estimadas em R$ 19 milhões.

viatura da Polícia Civil em frente à prefeitura de Pacatuba
Legenda: Operação Polímata foi deflagrada pelo MPCE em parceria com a Polícia Civil
Foto: Ismael Soares

CONFIRA A NOTA DA DEFESA DE CARLOMANO MARQUES:

"A defesa do prefeito de Pacatuba Carlomano Marques representada pelo advogado Leandro Vasques informou que só iremos nos pronunciar após o amplo e irrestrito acesso ao conteúdo investigativo, o qual já solicitamos ao TJCE. Adianto que expusemos aos Representantes do Ministério Público que estavam a cumprir a ordem judicial que o prefeito Carlomano Marques, que é septuagenário, precisava ser hospitalizado por reunir algumas comorbidades sensíveis que repercutem em sua saúde como, hipertensão, sequelado de AVC, portador de insuficiência cardíaca grave e miocardiopatia isquêmica, no que os senhores Promotores de Justiça, prudente e responsavelmente aquiesceram. Desta forma o Prefeito Carlomano já se encontra internado numa unidade hospitalar à disposição das autoridades, pois sequer reunia cenário favorável a prestar depoimento".

Fonte: Diário do Nordeste