segunda-feira, 5 de abril de 2021

Cientistas sul-africanos encontram variante "mais transmissível" em Angola

 Cientistas sul-africanos descobriram a variante "mais transmissível" do novo coronavírus SARS-Cov-2 na primeira sequenciação genómica realizada com amostras recolhidas em Angola, foi este domingo anunciado.


                                    Doente com covid-19 num hospital.

© EPA/Attila Balazs


A variante foi descoberta no mês passado em três cidadãos tanzanianos, em Angola, disse o professor Túlio de Oliveira, que lidera a equipa de cientistas sul-africanos da Universidade do KwaZulu-Natal, especialistas em inovação e sequenciamento genómico, que realizou o estudo.

Angola contabiliza 22.579 casos de infeção do novo coronavírus e 540 mortes associadas à covid-19, segundo o centro de monitoria global da doença pandémica da Universidade John Hopkins.

"Quando comparada com outras variantes de preocupação (VOC, na sigla em inglês) e variantes de interesse (VOI, na sigla em inglês), esta é a mais divergente", disse Túlio de Oliveira, salientando que a descoberta foi relatada como sendo "um novo VOI dada a constelação de mutações com significado biológico conhecido ou suspeito, especificamente resistência a anticorpos neutralizantes e transmissibilidade potencialmente aumentada".

"Embora tenhamos detetado apenas três casos com esta variante, isto justifica uma investigação urgente, pois o país de origem, a Tanzânia, tem uma epidemia em grande parte não documentada e poucas medidas de saúde pública em vigor para prevenir a propagação dentro e fora do país", explicou Túlio de Oliveira ao semanário sul-africano Sunday Tribune, que se publica em Durban, litoral do país.

Os cientistas sul-africanos da Plataforma de Inovação e Sequenciamento de Pesquisa KwaZulu-Natal (KRISP, na sigla em inglês), sublinharam que a nova variante "não foi ainda reportada em nenhum outro país", nomeadamente na África do Sul.

"Não temos ideia se ainda é novo ou se foi a variante dominante na Tanzânia, e é por isso que pedimos atenção urgente, pois realmente precisamos ter uma melhor compreensão do vírus e da epidemiologia na Tanzânia", referiu por seu lado Richard Lessells, investigador do KRISP, especialista em doença infecciosas.

"Recebemos amostras adicionais de Angola e estamos atualmente a gerar e a analisar dados", adiantou.

O Presidente tanzaniano, John Magufuli, que morreu no mês passado de doença associada à covid-19, segundo a oposição, negou a existência da pandemia do novo coronavírus no país.

A Tanzânia, com 509 casos de infeção e por covid-19 e 21 mortes, deixou de divulgar novos casos de infeção e óbitos associados à covid-19 em maio de 2020, segundo o centro de monitoria global da doença pandémica da Universidade John Hopkins.

O estudo realizado pelos cientistas sul-africanos contou com a participação de várias entidades, nomeadamente o Ministério da Saúde de Angola e o África CDC.


Fonte: Diário de Noticias 

https://www.dn.pt/internacional/cientistas-sul-africanos-encontram-variante-mais-transmissivel-em-angola-13531878.html

Variante do Reino Unido detetada em 82,9% dos casos em Portugal

A variante do SARS-CoV-2 associada ao Reino Unido prossegue numa "trajetória de frequência ascendente" em Portugal e é responsável pela "grande maioria dos casos" no país

© MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

 Avariante do SARS-CoV-2 associada ao Reino Unido prossegue numa "trajetória de frequência ascendente" em Portugal e é responsável pela "grande maioria dos casos", tendo sido detetada em 82,9% das amostras recolhidas em março, anunciou esta segunda-feira o INSA.

O "Relatório de situação sobre diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal", elaborado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), aponta também "um aumento considerável" da variante ligada à África do Sul, apesar de a sua circulação ainda ser "pouco frequente na comunidade".

Relativamente à variante originalmente identificada no Reino Unido, o INSA refere que foi "detetada por sequenciação com uma frequência relativa de 82,9% na amostragem nacional de março, continuando numa trajetória de frequência ascendente, sendo a variante responsável pela grande maioria dos casos de covid-19 atualmente".

A variante do novo coronavírus associada à África do Sul foi detetada em 49 casos de covid-19 até à data, 27 dos quais foram detetados na amostragem nacional de março, "o que representa uma frequência relativa de 2,5% e evidencia um aumento considerável em relação à amostragem de fevereiro (0,1%)".

"A análise filogeográfica indica que esta variante foi introduzida várias vezes de forma independente em Portugal. Não obstante, entre as 49 sequências, identificam-se alguns 'clusters' bem definidos (por exemplo, cadeias de transmissão limitadas a agregados familiares ou instituições), sugerindo que a circulação é ainda pouco frequente na comunidade", refere o INSA.

Também foram observados, até ao momento, 22 casos da variante P.1 (associada ao Brasil, Manaus), sendo que apenas quatro casos desta variante foram detetados na amostragem de março, mantendo a mesma frequência relativa (0,4%) observada em fevereiro, o que se sugere que a circulação desta variante "é muito limitada em Portugal".

"A variante P.2, também detetada inicialmente no Brasil, revelou um decréscimo na sua frequência relativa na amostragem de março, tendo sido detetado apenas um caso entre as 1.094 sequências analisadas", refere o relatório.

Segundo o INSA, "a amostragem nacional de março de 2021 por sequenciação cobriu 10,4% das amostras positivas reportadas durante o período em análise em Portugal, pelo que os dados apresentados refletem de forma robusta o peso das variantes em circulação no atual curso da epidemia no país".

O INSA refere que nesta última atualização do site foram introduzidas novas funcionalidades, incluindo um novo painel interativo que permite analisar a evolução da proporção das diferentes variáveis (p. ex., clade, linhagem, mutação, etc.) ao longo do tempo.

Até à data, o INSA, através do Núcleo de Bioinformática do seu Departamento de Doenças Infecciosas, analisou 5.758 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em 89 laboratórios, hospitais e instituições, representando 252 concelhos de Portugal.

Desde o relatório de 03 de março foram analisadas mais 1.345 sequências, incluindo 1.094 sequências obtidas no âmbito da vigilância de periodicidade mensal com amostragem nacional que o INSA está a coordenar, provenientes de laboratórios distribuídos por todo o país, abrangendo um total de 166 concelhos, e 89 sequências obtidas em amostras suspeitas da presença das variantes associadas à África do Sul e Brasil ou de outros estudos específicos.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.853.908 mortos no mundo, resultantes de mais de 131,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.885 pessoas dos 823.494 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

Fonte: Diário de Noticias

https://www.dn.pt/sociedade/variante-do-reino-unido-detetada-em-829-dos-casos-em-portugal-13535293.html

FORTALEZA - JORNALISTA MORRE APÓS PERDER O CONTROLE DO CARRO E CAPOTAR EM AVENIDA

 

Foto: Reprodução/G1 CE
Wilson Rogério Zanini, 48 anos, trabalhava na equipe de comunicação do Governo do Estado do Ceará.
O jornalista Wilson Rogério Zanini, de 48 anos, morreu após perder o controle do carro e capotar na Avenida Alberto Craveiro, no Bairro Castelão, em Fortaleza, na madrugada deste domingo (4), por volta das 4h. Durante o acidente, o veículo que a vítima conduzia colidiu na mureta de proteção do canteiro central da via.
Wilson Zanini trabalhava na coordenadoria de comunicação do Governo do Estado do Ceará. Ele estava sozinho no momento do ocorrido e ficou preso às ferragens.
Uma equipe do Samu foi acionada, mas quando os socorristas chegaram ao local, Wilson já estava em óbito. O Corpo de Bombeiros foi acionado e retirou o corpo do jornalista das ferragens. Agentes da Polícia Militar também acompanharam a ocorrência.
Por G1/CE
https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2021/04/04/jornalista-morre-apos-perder-o-controle-do-carro-e-capotar-em-avenida-de-fortaleza.ghtml

Fonte: G1 CE

domingo, 4 de abril de 2021

Auxílio Emergencial 2021

  


  • O que é
  • Quem tem direito
  • Quem não tem direito
  • Como é feita a seleção
  • Qual o valor e a quantidade de parcelas
  • Qual o papel da CAIXA
  • Como será feito o pagamento
  • Bolsa Família
  • Calendários
  • Canais de Atendimento
  • ​ O que é

    O Auxílio Emergencial 2021 é um benefício financeiro concedido pelo Governo Federal destinado às pessoas que receberam Auxílio Emergencial e Auxílio Emergencial Extensão, e que atendiam aos critérios dos Programas em dezembro de 2020, e tem por objetivo fornecer proteção emergencial no período de enfrentamento à crise causada pela pandemia do Coronavírus - COVID 19.

    A CAIXA atua como agente pagador do Auxílio e a origem dos recursos para pagamento é do Governo Federal, por intermédio do Ministério da Cidadania.

    Quem tem direito

    O Auxílio Emergencial 2021 será pago independentemente de solicitação para a pessoa que, em dezembro de 2020, estava elegível para recebimento do Auxílio Emergencial ou Auxílio Emergencial Extensão e que não esteja enquadrado em nenhuma das situações listadas no item seguinte.

    Quem não tem direito

    O Auxílio Emergencial 2021 não será devido para a pessoa que:

    • tenha emprego formal ativo;
    • receba benefício previdenciário, assistencial ou trabalhista ou de programa de transferência de renda federal, ressalvados o Abono-Salarial PIS/PASEP e o Programa Bolsa Família;
    • tenha renda familiar mensal por pessoa acima de meio salário-mínimo;
    • seja membro de família que tenha renda mensal total acima de três salários mínimos;
    • seja residente no exterior, na forma definida em regulamento;
    • no ano de 2019, tenha recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 (vinte e oito mil, quinhentos e cinquenta e nove reais e setenta centavos);
    • tinha, em 31 de dezembro de 2019, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, de valor total superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais);
    • no ano de 2019, tenha recebido rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais);
    • tenha sido incluído, no ano de 2019, como dependente de declarante do Imposto sobre a Renda de Pessoa Física enquadrado nas hipóteses previstas nos incisos VI, VII ou VIII, na condição de:

      a) cônjuge;

      b) companheiro com o qual o contribuinte tenha filho ou com o qual conviva há mais de 5 (cinco) anos; ou

      c) filho ou enteado:

      1. com menos de vinte e um anos de idade; ou

      2. com menos de vinte e quatro anos de idade que esteja matriculado em estabelecimento de ensino superior ou de ensino técnico de nível médio;
    • esteja preso em regime fechado ou tenha seu CPF vinculado, como instituidor, à concessão de auxílio-reclusão;
    • tenha menos de 18 anos, exceto no caso de mães adolescentes;
    • possua indicativo de óbito nas bases de dados do Governo Federal ou tenha seu CPF vinculado, como instituidor, à concessão de pensão por morte;
    • esteja com o Auxílio Emergencial, ou o Auxílio Emergencial Extensão cancelados no momento da avaliação de elegibilidade do Auxílio Emergencial 2021;
    • não tenha movimentado os valores disponibilizados plataforma social, para o público do Bolsa Família, ou na poupança social digital aberta, conforme definido em regulamento, relativos ao Auxílio Emergencial;
    • seja estagiário, residente médico ou residente multiprofissional, beneficiário de bolsa de estudo da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes, do Programa Permanência do Ministério da Educação – MEC, de bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPQ e de outras bolsas de estudo concedidas em nível municipal, estadual ou federal.

    ​Como é feita a seleção

    A seleção das pessoas que receberão o Auxílio Emergencial 2021 é realizada pela DATAPREV, e o resultado validado pelo Ministério da Cidadania.

    Não será preciso fazer novo cadastro ou atualizar o cadastro já existente, a seleção é feita a partir do público que recebeu o Auxílio Emergencial ou Auxílio Emergencial Extensão.

    Dúvidas a respeito da seleção devem ser esclarecidas por meio dos canais de atendimento do Ministério da Cidadania.

    Qual o valor e a quantidade de parcelas

    A valor do benefício varia de acordo com a composição da família:

    • Se a família for composta por apenas uma pessoa, o benefício é de R$ 150,00 por mês;
    • Se a família for composta por mais de uma pessoa, o benefício é de R$ 250,00 por mês;
    • Se a família for chefiada por mulher sem cônjuge ou companheiro, com pelo menos uma pessoa menor de dezoito anos de idade receberá, mensalmente, R$ 375,00.

    Serão disponibilizadas até quatro parcelas, desde que a família continue atendendo aos critérios de seleção do Auxílio.

    ​ Qual o papel da CAIXA

    A CAIXA é responsável por realizar o pagamento do Auxílio para as pessoas selecionadas pelo Ministério da Cidadania, e também pela disponibilização de canais para atendimento aos beneficiários que tenham dúvidas sobre o saque do benefício.

    O atendimento telefônico sobre o processo de pagamento é realizado pela CAIXA pelo número 111.

    ​ Como será feito o pagamento

    Da mesma forma que o pagamento do Auxílio Emergencial ou Auxílio Emergencial Extensão, ou seja, o valor será creditado em Conta Poupança Social Digital e poderá ser utilizado por meio do CAIXA Tem.

    Para os beneficiários do Programa Bolsa Família que passarão a receber o novo Auxílio Emergencial, o pagamento será feito da mesma forma do Programa Bolsa Família.

    Bolsa Família

    Nas situações em que for mais vantajoso para a família, o Auxílio Emergencial 2021 substituirá, temporariamente, o benefício do Programa Bolsa Família, ainda que haja um único beneficiário no grupo familiar.

    ​ Calendários

    Clique aqui e conheça o calendário.


    Fonte: https://www.caixa.gov.br/auxilio/auxilio2021/Paginas/default.aspx

    Prefeitos da região Norte do Ceará investem em auxílios no combate à pandemia

     

                  

    Com efeito emergencial, diversos municípios do Ceará investem em políticas públicas para socorrer a população que sofre com os efeitos da pandemia da Covid-19, enquanto o Governo Federal não volta a pagar o auxílio emergencial, emprego e renda são comprometidos.
    • Nova Russas: Distribuição de cestas básicas a catadores de materiais recicláveis e outras famílias com vulnerabilidade social por meio da Secretaria do Trabalho e Assistência Social, suspensão do corte de fornecimento de água durante 90 dias, distribuição do Sopão Social. 
    • Croatá: Prefeito doou seu salário na íntegra e iniciou distribuição de cestas básicas para famílias carentes.
    • Ipu: Criação de um auxílio emergencial para músicos e entrega de cestas básicas por meio de assistência social.
    • Tamboril: Em Tamboril o Prefeito Marcelo Mota iniciará em breve a distribuição de cestas básicas. Segundo informações a licitação para compra emergencial já está sendo preparada. Também foi viabilizado a distribuição de 1,5 tonelada de alimentos in natura e mix de legumes beneficiando famílias atendidas pelo CRAS, CREAS e Programa Mais Infância.
    • Varjota: Distribuição de cestas básicas à população.
    • Monsenhor Tabosa: Distribuição de cestas básicas à população carente.
    • Ararendá: Entrega de cestas básicas a famílias em estado de vulnerabilidade. 
    • Ipueiras: Prefeito doou 04 capacetes Elmo para o auxílio do tratamento a Covid-19, prefeitura efetuou entrega de cesta básica para as famílias já cadastradas e acompanhadas pelos CRAS Sede e Matriz.
    • Todas as cidades seguem em fase de vacinação contra a Covid-19 e políticas públicas do Governo do Estado também estão vigentes no combate à pandemia, na luta para amenizar seu impacto negativo.

      O Regional

    quinta-feira, 1 de abril de 2021

    Reriutaba: Boletim epidemiológico de 01 de janeiro à 30 de março de 2021

     


    A Secretaria Municipal de Saúde informa que os números atualizados de controle da Covid-19 no município, correspondentes a data citada a cima, são: 813 casos notificados, 261 casos confirmados, 57 casos suspeitos, 495 casos descartados, 151 casos recuperados, 1 pessoa hospitalizada, e, infelizmente, 08 óbitos.

    A Secretaria Municipal de Saúde reforça a importância do uso de máscara e dos protocolos orientados pela OMS.
    Fonte: PMR

    Idade vai ser critério prioritário para segunda fase de vacinação da covid

     Direção-Geral da Saúde confirma ao DN que vai avançar na segunda fase de vacinação pelas idades, utilizando o critério de faixa etária decrescente, e pelo grupo de pessoas com pelo menos uma das patologias identificadas para esta fase e sem limite de idade.

    Vacinação avanç por idades


    Esta semana, o bastonário dos médicos defendeu ao DN que a segunda fase de vacinação deveria ser só por idades, senão haveria uma faixa etária, a dos 70 aos 79 anos, a qual regista a segunda maior taxa de mortalidade por covid-19, que continuaria a ficar para trás. Ontem, foi o próprio coordenador da task force para a vacinação, o vice-almirante Gouveia e Melo, que afirmou, em entrevista à RR/Público, que se deveria avançar para o critério da idade.

    Ao fim do dia, a Direção-Geral da Saúde confirma que o critério vai ser mesmo alterado e que a idade passa a ser um critério prioritário. O que é possível fazer devido ao facto de Portugal ir receber na próxima fase mais vacinas do que até aqui. Sendo assim, é provável que a partir de abril comecem a ser vacinadas as faixas etárias dos 70 aos 79 anos, dos 60 aos 69 anos, independentemente de terem patologias graves ou não.

    Desde o início do processo de vacinação em dezembro, que esta é a segunda vez que os critérios definidos pela Comissão Técnica Vacinação Contra a Covid-19 são alterados relativamente ao critério da idade. A primeira vez foi em janeiro, após vários especialistas terem protestado em relação ao facto de os idosos de 80 e mais anos não estarem incluídos na primeira fase. O argumento usado por todos na altura foi o de que esta faixa etária, que registava 14% da mortalidade por covid-19 em Portugal, estaria a correr maiores riscos por não estava a ser protegida com a vacinação.

    O DN questionou na quarta-feira a DGS sobre possíveis alterações ao plano de vacinação após as declarações do bastonário dos médicos. Miguel Guimarães defendeu que o plano tinha de ser simplificado e que bastava avançar por idades, porque assim apanhava as pessoas mais vulneráveis pela idade e também as que têm patologias graves. Na resposta enviada esta tarde, a DGS justifica esta alteração com o argumento de que "o Plano de Vacinação contra a Covid-19 é dinâmico e adaptável à evolução do conhecimento científico, à disponibilidade e aprovação de vacinas contra a Covid-19 na União Europeia, e à evolução epidemiológica".

    Por isso, e relativamente à estratégia vacinal a implementar para esta segunda fase, tendo em conta um expectável aumento das doses de vacinas disponíveis, será possível ajustar o plano de forma a vacinar o maior número de pessoas no menor período de tempo, pelo que a proposta da Comissão Técnica de Vacinação (CTV) cria uma estratégia em dois braços, que correrá em paralelo: a vacinação por idades, utilizando o critério de faixa etária decrescente, e vacinação de pessoas com pelo menos uma das patologias identificadas para a fase dois, sem limite de idade.

    Ao DN, a DGS explica ainda que através desta estratégia, a qual foi defendida e sustentada num parecer da CTV e entregue ao coordenador da task force para a vacinação, na semana passada, será possível garantir seja vacinada a grande maioria das pessoas mais vulneráveis e em risco de internamento e morte por esta doença. Desta forma, está também a contribuir-se para a sustentabilidade do Sistema de Saúde, quer na resposta à covid-19, quer na resposta a todas as outras doenças.

    Recorde-se que na primeira fase de vacinação começou-se por se vacinar os profissionais de saúde, de lares, os seus residentes, outras profissões consideradas essenciais e os maiores de 80 anos. De acordo com as declarações do coordenador da task force, vice-almirante Gouveia e Melo, na audição parlamentar de quarta-feira, no dia 11 abril os grupos prioritários da primeira fase deverão estar já todos vacinados. A partir desta altura, o país, ARS a ARS poderá assim avançar para a segunda fase.

    Na semana passada, o presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, tinha defendido igualmente ao DN que os critérios clínicos introduzidos no processo de vacinação era uma das situações que contribuía para a morosidade do processo. Uma situação que espera que se altere a partir do momento que a população começar a ser chamada pela idade e por ordem decrescente para a vacinação.

    O vice-almirante Gouveia e Melo defendeu ontem na entrevista RR/Público que se continuássemos a vacinar por "grupinhos" iríamos acumular doses em armazém. "É preciso acabar com a vacinação por grupos de doenças e avançar para a vacinação por idades. Não faz sentido ficar a maior parte da população à espera que se vacinem os grupinhos todos", justificou.

    De acordo com o que referiu Gouveia e Melo aos deputados na quarta-feira, Portugal deverá receber na totalidade 35,8 milhões de doses de vacinas, ou seja mais 23 milhões do que estava previsto em dezembro. Até agora, e segundo o relatório semanal da DGS sobre a vacinação, há 494 521 portugueses com vacinação completa, 5% da população, e 1 196 971 que já tomaram a primeira dose, 12% da população.

    Um processo que está a ser mais lento do que se esperava, em parte pela falta de vacinas, uma vez que as empresas não têm cumprido os prazos definidos nos contratos com a União Europeia, por outro lado pela processo de convocatória, nomeadamente por SMS, que não está a funcionar para faixa etária dos mais idosos.

    Fonte: Diário de Notícia