Foto: TV Verdes Mares/Reprodução/G1 |
De 1º de janeiro a 17 de setembro de 2017, o Ceará registrou 624 focos de incêndio, número 21% menor do que no mesmo período do ano passado. No período, Pará, no Norte do país, foi o estado onde houve mais registros de incêndio, com 38.111, número 229% superior ao ano de 2016. Os dados são do Programa Queimadas, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O Programa faz monitoramento diário, por satélite, de queimadas e incêndios em todas as regiões do Brasil.
Considerando o período de 1º a 17 de setembro em comparação com o mesmo período do mês de houve aumento de 177%, quando os focos de incêndio passaram de 121, no mês de agosto, para 335 em setembro. De julho para agosto o percentual de aumento foi maior: 365%. Passou de 26 no mês de julho para 121 em agosto.
De acordo com o monitoramento do Inpe, os meses de outro, novembro e dezembro – época de ventos fortes e falta de chuvas – são os que registram maior número de queimadas e/ou incêndios. No Ceará, o ano de 2003 o campeão e ocorrências: 8.318. Considerando apenas o mês, no mês de dezembro de 2004, ocorreram 3.154 queimadas e/ou incêndios no Ceará.
Tempo
Nos últimos dois dias não choveu em nenhuma região do estado. Com exceção de poucas regiões, o Ceará já está com quase 120 dias consecutivos sem chuvas e a previsão é de que a umidade relativa do ar permaneça baixa, com menos de 40% em quase todas as regiões do Ceará, segundo mapeamento do Inpe. Ventos fortes, falta de chuvas e umidade baixa são pré-requisitos para o aumento de queimadas na região. Com isso, o Ceará figura com alto risco de ocorrências nos próximos dias.
Monitoramento
Os satélites do Inpe conseguem diagnosticar todos os focos de incêndio que tenham pelo menos 30 metros de extensão por um metro de largura. De acordo com o Instituto, quase todas as queimadas são causadas pelo homem, seja de maneira proposital ou acidental. Estão entre as razões de incêndios e queimadas estão limpeza de pastos, preparo de plantios e desmatamentos
Segundo o Inpe, as queimadas destroem a fauna e a flora nativas, causam empobrecimento do solo e reduzem a penetração de água no subsolo, além de gerar poluição atmosférica com prejuízos à saúde de milhões de pessoas e à aviação. Denúncias de incêndios criminosos podem ser feitas ao Corpo de Bombeiros, às prefeituras, às secretarias estaduais do Meio Ambiente e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
https://g1.globo.com/ceara/noticia/ceara-registra-624-focos-de-incendio-em-2017-segundo-monitoramento-do-inpe.ghtml
Fonte: G1 CE
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