Para a instituição, "a flexibilidade" das regulamentações do mercado de trabalho e a decadência dos sindicatos teriam reforçado a desigualdade de renda
AFP
O abismo entre ricos e pobres está "em seu nível mais alto em décadas", especialmente nos países ricos, advertiram especialistas do Fundo Monetário Internacional (FMI) em estudo publicado nesta segunda-feira.
De acordo com o relatório divulgado pela instituição defensora da ortodoxia financeira e da liberalização econômica, "a flexibilidade" das regulamentações do mercado de trabalho e a decadência dos sindicatos teriam reforçado a desigualdade de renda, limitando as habilidades de negociação dos trabalhadores.
"Mais flexibilidade nas regras de contratação e demissão, salários mínimos mais baixos (...) e sindicatos menos poderosos estão associados a uma maior desigualdade", indica o estudo, que não reflete a posição oficial do FMI.
Os avanços tecnológicos também desempenham um papel ao penalizar os trabalhadores de escolaridade baixa, acrescentam os especialistas.
Segundo seus cálculos, o crescimento econômico é menor em médio prazo (-0,08 ponto) quando as receitas dos 20% mais ricos aumentam em 1%. Em contraste, um aumento semelhante na receita dos 20% mais pobres estimularia o crescimento em quase 0,4 ponto percentual, de acordo com o estudo.
Além disso, "um período prolongado de maiores desigualdades nas economias avançadas esteve associado à crise financeira (de 2008-2009) ao reforçar o efeito de endividamento (...) e permitir que os lobistas pressionassem para baixo a regulação financeira", completa o relatório, que argumenta que a riqueza seria mais bem distribuída se fosse baseada em impostos sobre o patrimônio e sobre a propriedade imobiliária, com o reforço da luta contra a evasão fiscal.
A organização Oxfam elogiou o estudo. "O FMI prova, assim, que tornar os ricos mais ricos não é bom para o crescimento", comentou o diretor da organização em Washington, Nicolas Mombrial.
De acordo com o relatório divulgado pela instituição defensora da ortodoxia financeira e da liberalização econômica, "a flexibilidade" das regulamentações do mercado de trabalho e a decadência dos sindicatos teriam reforçado a desigualdade de renda, limitando as habilidades de negociação dos trabalhadores.
"Mais flexibilidade nas regras de contratação e demissão, salários mínimos mais baixos (...) e sindicatos menos poderosos estão associados a uma maior desigualdade", indica o estudo, que não reflete a posição oficial do FMI.
Os avanços tecnológicos também desempenham um papel ao penalizar os trabalhadores de escolaridade baixa, acrescentam os especialistas.
Segundo seus cálculos, o crescimento econômico é menor em médio prazo (-0,08 ponto) quando as receitas dos 20% mais ricos aumentam em 1%. Em contraste, um aumento semelhante na receita dos 20% mais pobres estimularia o crescimento em quase 0,4 ponto percentual, de acordo com o estudo.
Além disso, "um período prolongado de maiores desigualdades nas economias avançadas esteve associado à crise financeira (de 2008-2009) ao reforçar o efeito de endividamento (...) e permitir que os lobistas pressionassem para baixo a regulação financeira", completa o relatório, que argumenta que a riqueza seria mais bem distribuída se fosse baseada em impostos sobre o patrimônio e sobre a propriedade imobiliária, com o reforço da luta contra a evasão fiscal.
A organização Oxfam elogiou o estudo. "O FMI prova, assim, que tornar os ricos mais ricos não é bom para o crescimento", comentou o diretor da organização em Washington, Nicolas Mombrial.
Fonte: ISTOÉ
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