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André Blocandrebloc@opovo.com.br
André Bloc
Como ela mesma diz, não tivesse o mundo da moda aberto os olhos para sua beleza, hoje ela provavelmente trabalharia em um bar em Croydon, cidade no sul de Londres, Inglaterra. A história mudou em 1988 quando, aos 14 anos, a garotinha que viria a ser a supermodel Kate Moss chamou a atenção de Sarah Doukas, fundadora da Storm Model Management. Aos 40 anos e referência para pelo menos duas gerações de tops, Kate Moss fez em dezembro um raro debut na carreira. Na comemoração dos 60 anos da revista Playboy norte-americana, a modelo inglesa estreia como “coelhinha”.
São 18 páginas de recheio em que Kate Moss exibe suas curvas, em ensaio assinado pelo duo Mert Alas e Marcus Piggott. Além disso, a musa inglesa estampa a capa da edição comemorativa trajando uma fantasia de coelho em referência ao apelido das moças que recheiam a publicação de Hugh Hefner, as “coelhinhas”. Orelhas pretas, gravata borboleta, um maiô e um rabinho de pompom são apostas para aumentar o sex appeal da modelo.
Nas fotos que vazaram, Kate pode ser vista com os seios à mostra e abusando de poses sensuais. Apesar de ser a estreia da modelo na Playboy, a loura já desfilou sua beleza sem roupas na revista Vogue e no calendário Pirelli de 2012, para o qual foi fotogrofada por Mario Sorrenti. Outro marco da sensualidade pop de Kate Moss é o clipe “I just don’t know what to do with myself” (2003), do duo White Stripes e dirigido por Sofia Coppola. Para o diretor editorial da Playboy, Jimmy Jellinek, Kate Moss é um marco da publicação. “Ter Kate Moss, um ícone global e a mais importante supermodel dos últimos 25 anos, na nossa capa transforma a edição na forma perfeita de lançamento dos próximos 60 anos da Playboy”, disse ao Daily Mail. A edição comemorativa é válida para os meses de janeiro e fevereiro da Playboy, mas já foi publicada nos Estados Unidos. A publicação traz ainda uma entrevista com o ator Ben Affleck e com feministas como Erica Jong e Naomi Wolf.
26 anos de sucesso
No final dos anos 1980 e início da década de 90, a cultura pop e a moda estreitaram seus laços e as modelos deixaram de ser apenas corpos exibindo roupas de grandes estilistas para ganhar uma identidade. Saindo da superficialidade estética e investindo em outros meios, estrelas como Cindy Crawford, Naomi Campbell, Christy Turlington e Linda Evangelista botaram as modelos em um patamar do qual elas nunca mais saíram. Um pouco depois, em 1992, foi a vez de Kate Moss parar o mundo com seu maxilar bem demarcado, seus cabelos louros e seu perfil esbelto.
O auge de Kate Moss foi tão marcante que ela é responsabilizada pela febre do “manequim zero” – o equivalente ao número 34 em medidas brasileiras e que prioriza a extrema magreza. De 1988 para cá, Kate já foi escolhida uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time (2007) e, no ano passado, foi a segunda modelo que mais ganhou dinheiro segundo a Forbes, com um total de US$ 9,2 milhões.
Fora da passarela
Em 2002, nasceu Lila Grace Moss Hack, filha da musa com o jornalista de moda Jefferson Hack.Sinônimo de moda, beleza e magreza, Kate Moss adquiriu alguns adjetivos não tão glamorosos em 2005. Com um lifestyle cheio de festas e um conturbado relacionamento com o músico Pete Doherty (ex-Libertines), a polêmica sobre acusações de uso de drogas teve um clímax quando a capa do tabloide Daily Mirror estampou foto com a modelo manuseando um pó – presumidamente cocaína. Em seguida, Moss perdeu alguns contratos com a Chanel, Burberry e H&M. Em 2006, porém, a polícia britânica engavetou a investigação.E em 2011, Kate Moss parou de partir o coração de diversos homens (em uma lista que inclui até o galã Johnny Depp – com quem teve um affair em 1999). A loura se casou com o músico Jamie Hince (da banda The Kills)..
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