Treinador Luiz Felipe Scolari saúda os jornalistas na tarde desta segunda-feira, em Teresópolis. Primeiro treino com bola da Seleção Brasileira está marcado para a manhã de quarta-feira, a partir das 9h30
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Neymar e Fred disputam partida de videogame antes de iniciar trabalhos físicos na Granja Comary, em Teresópolis
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Todos os jogadores foram submetidos a testes oftalmológicos, otorrinolaringológicos e clínico-cardiológico-ortopédicos.
A equipe formada pelos médicos José Luiz Runco, Serafim Borges, Andreia Picanço e Augusto Cesar Lima coordenou os trabalhos do dia, que foram concluídos com testes de ergoespirometria e de isocinético.
A série de exames continua nesta terça-feira, em dois períodos: de manhã, a partir das 7h40 (de Brasília), e à tarde, a partir das 15 horas (de Brasília).
O primeiro treino com bola da Seleção Brasileira está marcado para a manhã de quarta-feira, a partir das 9h30 (de Brasília).
'Mão na taça'
"O time campeão do mundo chegou aqui e chegou bem chegado", disse o coordenador técnico da Seleção, Carlos Alberto Parreira, ao ser questionado nesta segunda-feira se repetiria o gesto de 1994 quando desembarcou com a seleção em San Jose, na Califórnia (EUA), com o discurso de que o Brasil levaria a taça na Copa dos Estados Unidos, quando ele era o treinador.
Tamanha confiança vem do trabalho feito na Copa das Confederações do ano passado e da unidade do atual grupo de jogadores. "Nossa confiança vem desse grupo. O time está formado desde a Copa das Confederações, quando fomos campeões com todo o mérito. Esses jogadores estão com uma gana absurda para conquistar o Mundial e ainda em casa. Temos confiança absoluta nesses jogadores. Somos, sim, os favoritos", disse Parreira, com voz firme e autoridade de quem já levantou a taça da Copa - era preparador físico em 1970 e treinador em 1994.
Para atingir o ápice e não dar chance aos adversários que, na opinião de Parreira, serão duros, ele ressaltou a importância de se fazer o trabalho bem feito fora de campo. "Se formos organizados no entorno da Seleção, sem se deixar levar pelos interesses, já vamos colocar uma mão na taça. Conversei com o Flávio Costa (técnico da Seleção na Copa de 50) pouco tempo antes de ele falecer. Ele me contou coisas absurdas que aconteceram com a seleção, o assédio dos políticos, o oba-oba generalizado. Isso não pode se repetir agora. Repito, se formos organizados no entorno da seleção, vamos colocar a mão na taça. E nós já colocamos a mão na taça, podem confiar", afirmou.
Neymar
A fase de avaliações médicas e físicas do elenco ainda não terminou, mas a comissão técnica da Seleção Brasileira aposta que Neymar está inteiro, mesmo vindo de lesão no pé esquerdo. O atacante esteve em campo há uma semana e, ao que tudo indica, não deverá seguir uma programação diferente dos demais jogadores convocados.
"Temos que ter os exames em mão, não podemos ultrapassar o que o departamento médico e a preparação física determinarem, mas acho que o Neymar está em totais condições, sem nenhum problema médico, mas sim físico", disse Flávio Murtosa, auxiliar técnico de Luiz Felipe Scolari, nesta segunda-feira.
Grevistas cercam ônibus na saída
Pelo menos uma centena de professores da rede pública do Rio, que estão em greve desde o dia 12 de maio, cercou o ônibus da Seleção Brasileira que saía de um hotel na zona norte do Rio, onde os jogadores se reuniram antes de iniciar o deslocamento à Granja Comary. Mesmo com forte aparato de segurança, que incluiu profissionais do Batalhão de Choque da Polícia Militar e da Polícia Federal (PF), dezenas de adesivos dos grevistas foram colados nas laterais do ônibus. Aos gritos de "Não vai ter Copa!", alguns chegaram a dar tapas no veículo.
Os manifestantes chegaram à frente do hotel por volta das 9h50 - a saída do ônibus para Teresópolis estava prevista para as 10h.
Empunhando cartazes, faixas e proferindo gritos de ordem, os manifestantes pediam por melhorias na educação e na saúde. Houve vaias quando duas vans identificadas como sendo do estafe da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) chegaram, poucos minutos depois. Um cordão de isolamento foi organizado pelos seguranças, enquanto policiais militares do Batalhão de Choque apenas observavam.
Insistência
O ônibus com a delegação saiu do hotel às 10h25. À frente, batedores em motocicletas. O trajeto de aproximadamente 200 metros entre o hotel e a avenida levou 10 minutos, tamanha a aglomeração de pessoas em volta do veículo da Seleção.
Em seguida, os manifestantes correram para tentar o bloqueio de uma das faixas da avenida, por onde o ônibus passaria. Muitos se sentaram no chão. Os policiais que faziam a escolta decidiram usar outro caminho: o ônibus desviou para a Base Aérea do Galeão e a viagem para Teresópolis transcorreu tranquilamente.
Fonte, DN
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