Dunga foi direto na entrevista nesta terça-feira, no Rio, durante a sua apresentação oficial como novo técnico da Seleção Brasileira. "Não somos mais os melhores. Temos de resgatar isso com humildade e trabalho", avisou. Assim, com um discurso ao seu melhor estilo, ele começou sua segunda passagem no comando do time do Brasil.
O time da nova era Dunga deverá ser organizado taticamente, "mas com as características do futebol brasileiro". Foi dessa forma que o treinador definiu como será seu trabalho nos próximos anos Com fama de linha-dura, ele também não irá admitir jogadores "sem equilíbrio emocional". E a meta a médio prazo já está definida: uma boa campanha nas Eliminatórias para a Copa de 2018.
Faltava um minuto para as 11 horas desta terça-feira quando a cúpula da CBF entrou no auditório da sede da entidade junto com Dunga, que dali a instantes seria apresentado oficialmente como novo técnico da Seleção. O presidente José Maria Marin, como de costume, frisou que a escolha havia sido feita em conjunto com seu sucessor, Marco Polo del Nero, e com o novo coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi.
Ao seu melhor estilo, Dunga foi sincero. "A gente não pode vender uma ilusão de que as coisas são fáceis e serão resolvidas de um dia para outro", disse. Mas, sem citar Luiz Felipe Scolari, procurou defender em parte o trabalho do seu antecessor: "a partir dessa Copa não podemos colocar tudo como terra arrasada. Houve muitas coisas boas".
O treinador também comentou sobre a forte rejeição ao seu nome em enquetes em pesquisas pelo País. "É mais ou menos como uma eleição. Nem sempre ganha o candidato que lidera as pesquisas. Tenho que buscar força nos 20% que me apoiam", explicou. Para isso, se apoiou no aproveitamento de 76% conquistado em sua primeira passagem.
Chega de choro
Desde que o nome de Dunga foi dado como certo para comandar a Seleção, no último fim de semana, muito se falou sobre a intenção da CBF em evitar que cenas como a de choro de jogadores durante a disputa da Copa do Mundo se repetissem. E o técnico já demonstrou que está afinado com a diretoria da entidade nesse sentido. "Tem que ter equilíbrio emocional, mostrar isso no momento certo", avisou.
Ele afirmou ainda que já tem "um esboço de time", mas fez uma ressalva. "Não vemos vender um sonho", prometeu o novo técnico da Seleção. "Nossa maior ideia, e vamos ter que trabalhar muito, é preparar a equipe para a Olimpíada e para as Eliminatórias", contou Dunga, que, no entanto, não estará no comando do time olímpico durante os Jogos do Rio, em 2016 - esse cargo ficará com Alexandre Gallo, que também é coordenador das seleções de base, o que foi confirmado ontem pela CBF.
"Na minha primeira passagem pela Seleção Brasileira foi me pedido para resgatar o valor da Seleção Brasileira. Na segunda, me pediram para preparar a seleção para a Copa de 2018", revelou Dunga. "Vamos trabalhar em conjunto com as categorias de base sob a coordenação do Gallo, assim como com a coordenação do Gilmar".
Técnico almejou renovação em 2010
Dunga volta à Seleção com a incumbência de tentar renovar a equipe depois de um desfecho inesperado no Mundial. Há oito anos, quando assumiu o time pela primeira vez, o capitão do tetra iniciou um trabalho em uma situação parecida após a eliminação do Brasil em 2006. Na tentativa de renovação em relação ao grupo de Carlos Alberto Parreira, Dunga chamou 13 atletas que não jogaram na Alemanha.
A lista do treinador trazia, por exemplo, Vagner Love, Daniel Carvalho, Wagner, Morais, Julio Baptista, Elano, Dudu Cearense, Jônatas (volante), Maicon, Marcelo, Alex (zagueiro), Fábio e Gomes. Dos 22 jogadores chamados por Dunga no dia 1º de agosto de 2006, oito participaram da Copa do Mundo da Alemanha: os zagueiros Juan, Lúcio e Luisão, os laterais Cicinho e Gilberto, o volante Gilberto Silva e os atacantes Fred e Robinho.
Edmílson, que havia sido cortado a dias da Copa, também foi convocado. Já Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Adriano e Ronaldo, os principais nomes do time de Parreira, ficaram fora da primeira lista de Dunga. Em 16 de agosto de 2006, 15 dias depois da convocação de Dunga, o Brasil não passou de um empate por 1 a 1 com a Noruega, em Oslo. Cicinho, Lúcio, Juan, Gilberto Silva e Robinho, que estiveram em campo na derrota para a França na Copa, foram titulares.
Oito remanescentes
Durante os 47 meses em que esteve à frente da Seleção, 85 jogadores foram chamados. Robinho foi o mais lembrado, com 26 convocações. Lúcio, Gilberto Silva, Elano e Maicon foram incluídos em 25 listas. Na Copa de 2010, oito remanescentes da edição de 2006 estiveram no grupo de Dunga: Julio Cesar, Gilberto, Lúcio, Juan, Luisão, Gilberto Silva, Kaká e Robinho.
Do grupo do Mundial da África do Sul, apenas Thiago Silva e Ramires têm menos de 30 anos. O zagueiro terá 33 anos em 2018; o volante, 31. Já no grupo de Felipão, além dos dois jogadores, mais 13 atletas integram essa lista: Marcelo (26), David Luiz (27), Henrique (28), Luiz Gustavo (26), Paulinho (25), Fernandinho (29), Hernanes (28), Oscar (22), Willian (25), Hulk (27), Neymar (22), Jô (27) e Bernard (21).
Gallo será o comandante da Seleção olímpica
A CBF anunciou nesta terça-feira que Alexandre Gallo, técnico das categorias de base da entidade, será o comandante da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.
"Aproveito a oportunidade para anunciar que o Gallo vai ser o treinador do Brasil nas Olimpíadas de 2016. Vamos dar o suporte necessário e acompanhar o trabalho dele de perto", afirmou Gilmar Rinaldi, coordenador das seleções da CBF, durante o anúncio do nome de Dunga para comandar o time principal.
O técnico Dunga, inclusive, afirmou que vai trabalhar em conjunto com Gallo a partir de agora. O treinador das categorias de base já havia trabalhado como observador da Seleção na Copa de 2014.
Focado apenas no time principal, Dunga pretende reformular o elenco para o Mundial de 2018, na Rússia. Contudo, o técnico disse que os jovens não receberão tratamento diferente dos mais experientes. "Temos de colocar os jogadores aos poucos, e eles não vão entrar por ser novos, mas por competência".
SAIBA MAIS
Relação com a imprensa
Dunga deixou claro que pretende se esforçar para não repetir os mesmos atritos que teve anteriormente com a imprensa. "Não é que tive problema com a Globo, com A, B ou C. Sou gaúcho, e para mim combinado não é caro. As coisas têm que ser cumpridas. Eu cumpri tudo que foi combinado", afirmou.
Mandela
O técnico lembrou de Nelson Mandela para afirmar que pode reverter a rejeição ao seu nome.
"A gente tem visto muitas enquetes. Minha meta é mudar a maneira de as pessoas pensarem ao meu respeito. Nelson Mandela tinha tudo contra e conseguiu mudar a forma das pessoas de pensar com paciência".
Números
Até a eliminação nas quartas de final da Copa de 2010, a Seleção de Dunga disputou 60 jogos, com 42 vitórias, 12 empates e seis derrotas. O Brasil também conquistou os títulos da Copa América-2007 e da Copa das Confederações-2009, além de terminar as Eliminatórias em 1º.
Fonte, DN
O time da nova era Dunga deverá ser organizado taticamente, "mas com as características do futebol brasileiro". Foi dessa forma que o treinador definiu como será seu trabalho nos próximos anos Com fama de linha-dura, ele também não irá admitir jogadores "sem equilíbrio emocional". E a meta a médio prazo já está definida: uma boa campanha nas Eliminatórias para a Copa de 2018.
Faltava um minuto para as 11 horas desta terça-feira quando a cúpula da CBF entrou no auditório da sede da entidade junto com Dunga, que dali a instantes seria apresentado oficialmente como novo técnico da Seleção. O presidente José Maria Marin, como de costume, frisou que a escolha havia sido feita em conjunto com seu sucessor, Marco Polo del Nero, e com o novo coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi.
Ao seu melhor estilo, Dunga foi sincero. "A gente não pode vender uma ilusão de que as coisas são fáceis e serão resolvidas de um dia para outro", disse. Mas, sem citar Luiz Felipe Scolari, procurou defender em parte o trabalho do seu antecessor: "a partir dessa Copa não podemos colocar tudo como terra arrasada. Houve muitas coisas boas".
O treinador também comentou sobre a forte rejeição ao seu nome em enquetes em pesquisas pelo País. "É mais ou menos como uma eleição. Nem sempre ganha o candidato que lidera as pesquisas. Tenho que buscar força nos 20% que me apoiam", explicou. Para isso, se apoiou no aproveitamento de 76% conquistado em sua primeira passagem.
Chega de choro
Desde que o nome de Dunga foi dado como certo para comandar a Seleção, no último fim de semana, muito se falou sobre a intenção da CBF em evitar que cenas como a de choro de jogadores durante a disputa da Copa do Mundo se repetissem. E o técnico já demonstrou que está afinado com a diretoria da entidade nesse sentido. "Tem que ter equilíbrio emocional, mostrar isso no momento certo", avisou.
Ele afirmou ainda que já tem "um esboço de time", mas fez uma ressalva. "Não vemos vender um sonho", prometeu o novo técnico da Seleção. "Nossa maior ideia, e vamos ter que trabalhar muito, é preparar a equipe para a Olimpíada e para as Eliminatórias", contou Dunga, que, no entanto, não estará no comando do time olímpico durante os Jogos do Rio, em 2016 - esse cargo ficará com Alexandre Gallo, que também é coordenador das seleções de base, o que foi confirmado ontem pela CBF.
"Na minha primeira passagem pela Seleção Brasileira foi me pedido para resgatar o valor da Seleção Brasileira. Na segunda, me pediram para preparar a seleção para a Copa de 2018", revelou Dunga. "Vamos trabalhar em conjunto com as categorias de base sob a coordenação do Gallo, assim como com a coordenação do Gilmar".
Técnico almejou renovação em 2010
Dunga volta à Seleção com a incumbência de tentar renovar a equipe depois de um desfecho inesperado no Mundial. Há oito anos, quando assumiu o time pela primeira vez, o capitão do tetra iniciou um trabalho em uma situação parecida após a eliminação do Brasil em 2006. Na tentativa de renovação em relação ao grupo de Carlos Alberto Parreira, Dunga chamou 13 atletas que não jogaram na Alemanha.
A lista do treinador trazia, por exemplo, Vagner Love, Daniel Carvalho, Wagner, Morais, Julio Baptista, Elano, Dudu Cearense, Jônatas (volante), Maicon, Marcelo, Alex (zagueiro), Fábio e Gomes. Dos 22 jogadores chamados por Dunga no dia 1º de agosto de 2006, oito participaram da Copa do Mundo da Alemanha: os zagueiros Juan, Lúcio e Luisão, os laterais Cicinho e Gilberto, o volante Gilberto Silva e os atacantes Fred e Robinho.
Edmílson, que havia sido cortado a dias da Copa, também foi convocado. Já Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Adriano e Ronaldo, os principais nomes do time de Parreira, ficaram fora da primeira lista de Dunga. Em 16 de agosto de 2006, 15 dias depois da convocação de Dunga, o Brasil não passou de um empate por 1 a 1 com a Noruega, em Oslo. Cicinho, Lúcio, Juan, Gilberto Silva e Robinho, que estiveram em campo na derrota para a França na Copa, foram titulares.
Oito remanescentes
Durante os 47 meses em que esteve à frente da Seleção, 85 jogadores foram chamados. Robinho foi o mais lembrado, com 26 convocações. Lúcio, Gilberto Silva, Elano e Maicon foram incluídos em 25 listas. Na Copa de 2010, oito remanescentes da edição de 2006 estiveram no grupo de Dunga: Julio Cesar, Gilberto, Lúcio, Juan, Luisão, Gilberto Silva, Kaká e Robinho.
Do grupo do Mundial da África do Sul, apenas Thiago Silva e Ramires têm menos de 30 anos. O zagueiro terá 33 anos em 2018; o volante, 31. Já no grupo de Felipão, além dos dois jogadores, mais 13 atletas integram essa lista: Marcelo (26), David Luiz (27), Henrique (28), Luiz Gustavo (26), Paulinho (25), Fernandinho (29), Hernanes (28), Oscar (22), Willian (25), Hulk (27), Neymar (22), Jô (27) e Bernard (21).
Gallo será o comandante da Seleção olímpica
A CBF anunciou nesta terça-feira que Alexandre Gallo, técnico das categorias de base da entidade, será o comandante da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.
"Aproveito a oportunidade para anunciar que o Gallo vai ser o treinador do Brasil nas Olimpíadas de 2016. Vamos dar o suporte necessário e acompanhar o trabalho dele de perto", afirmou Gilmar Rinaldi, coordenador das seleções da CBF, durante o anúncio do nome de Dunga para comandar o time principal.
O técnico Dunga, inclusive, afirmou que vai trabalhar em conjunto com Gallo a partir de agora. O treinador das categorias de base já havia trabalhado como observador da Seleção na Copa de 2014.
Focado apenas no time principal, Dunga pretende reformular o elenco para o Mundial de 2018, na Rússia. Contudo, o técnico disse que os jovens não receberão tratamento diferente dos mais experientes. "Temos de colocar os jogadores aos poucos, e eles não vão entrar por ser novos, mas por competência".
SAIBA MAIS
Relação com a imprensa
Dunga deixou claro que pretende se esforçar para não repetir os mesmos atritos que teve anteriormente com a imprensa. "Não é que tive problema com a Globo, com A, B ou C. Sou gaúcho, e para mim combinado não é caro. As coisas têm que ser cumpridas. Eu cumpri tudo que foi combinado", afirmou.
Mandela
O técnico lembrou de Nelson Mandela para afirmar que pode reverter a rejeição ao seu nome.
"A gente tem visto muitas enquetes. Minha meta é mudar a maneira de as pessoas pensarem ao meu respeito. Nelson Mandela tinha tudo contra e conseguiu mudar a forma das pessoas de pensar com paciência".
Números
Até a eliminação nas quartas de final da Copa de 2010, a Seleção de Dunga disputou 60 jogos, com 42 vitórias, 12 empates e seis derrotas. O Brasil também conquistou os títulos da Copa América-2007 e da Copa das Confederações-2009, além de terminar as Eliminatórias em 1º.
Fonte, DN
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