quinta-feira, 12 de junho de 2014

Após assembleia, metroviários decidem não retomar greve


'Nossa intenção não é atrapalhar a Copa', disse presidente do sindicato; paralisação futura
 não é descartada. Ministério Público do Trabalho quer discutir dispensas
Após assembleia, metroviários decidem não retomar greve
"Categoria decidiu pela não continuidade da greve após demissões"



















SÃO PAULO - Os metroviários de São Paulo descartaram paralisar a circulação
 dos trens nesta quinta-feira, 12, durante a abertura da Copa. Em assembleia
 realizada na noite desta quarta, os trabalhadores decidiram suspender a greve, 
mas farão uma manifestação a partir das 10h na sede do sindicato, na Rua Serra 
do Japi, na esquina da Radial Leste, contra as 42 demissões feitas pelo governo 
Geraldo Alckmin (PSDB). O Ministério Público do Trabalho (MPT) cobrou do Metrô
 justificativa para cada desligamento. 
A categoria ameaça fazer novas paralisações ainda durante o Mundial. Os protestos
 vão pedir a revogação das demissões de funcionários acusados de atos de vandalismo
 durante a greve que durou cinco dias e foi julgada abusiva, no domingo, pelo Tribunal
 Regional do Trabalho (TRT).
“Nossa intenção não é atrapalhar a Copa. Não queremos ameaçar a festa, mas
queremos que todo mundo saiba que há pessoas preocupadas com outras coisas
(a readmissão dos demitidos)”, disse o presidente do sindicato, Altino de Melo
 Prazeres Júnior. 
A assembleia desta quarta alterou decisão tomada na segunda-feira, quando fo
i indicada nova paralisação para o dia da abertura da Copa. A direção do sindicato
 percorreu estações do metrô e locais de trabalho e avaliou que os funcionários estão
 dispostos a fazer uma campanha pela readmissão dos funcionários, mas concluíram
 que a greve teria efeito contrário perante a opinião pública. 
Os metroviários devem usar durante a Copa adesivos em três idiomas pedindo a
 revogação das demissões. “Queremos nossos colegas readmitidos antes do fim da
 Copa”, disse o presidente da Federação Nacional dos Metroviários, Paulo Pasin.
O sindicato anunciou também que vai iniciar uma campanha de arrecadação de
dinheiro para pagar os salários dos demitidos e as multas. Eles avaliam que boa parte
da população apoia a campanha da categoria.
Autuação. O Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Delegacia Regional do
Trabalho, autuou o Metrô em razão das demissões. Segundo o superintendente
regional de São Paulo, Luiz Antonio de Medeiros, a empresa cometeu atitudes
antissindicais. “Fizemos uma fiscalização hoje com dois agentes e constatamos que
 a empresa não foi alvo de vandalismo. Eles foram demitidos como represália à greve”,
 disse Medeiros. O Metrô afirmou que não tinha informações sobre a atuação.
Dois dos metroviários dispensados teriam sido readmitidos pelo Metrô, informou o
 sindicato. Um segurança e um agente de estação teriam recebido um telefonema do
 Departamento de Recursos Humanos da empresa na manhã desta quarta com
 comunicado sobre a revogação do desligamento. Por meio de nota, no entanto, o
Metrô negou a informação e disse que “nenhuma demissão foi revista”.
Negociação. Pouco antes da assembleia, a audiência de conciliação entre o Metrô e
o Sindicato dos Metroviários terminou sem acordo no Ministério Público do Trabalho
 (MPT) sobre as demissões. O órgão sugeriu, então, que os desligamentos sejam
 discutidos caso a caso com a apresentação de provas de faltas graves, a fim de
 proporcionar apresentação de defesa e contraprovas. 
O Metrô informou que vai analisar as demissões caso a caso. A empresa, no entanto,
 ressaltou que tem como comprovar por imagens das câmeras internas das estações e
 boletins de ocorrência feito com relatos de testemunhas que os demitidos estavam
envolvidos em “atos de vandalismo, sabotagem e agressão física de funcionários da
 equipe de contingência por grevista

Fonte:http://estadao.br.msn.com

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