O líder palestino Yasser Arafat em 21 de abril de 2004 em Ramallah, na Cisjordânia (Foto: AFP)
O líder palestino Yasser Arafat foi envenenado até a morte em 2004 com polônio radiativo, disse nesta quarta-feira (6) sua viúva, Suha, após ter recebido os relatórios de testes feitos na Suíça com o cadáver de seu marido.
"Estamos revelando um crime real, um assassinato político", disse à agência Reuters em Paris, após receber o relatório do Instituto de Radiação do hospital da Universidade de Lausanne.
Os testes foram feitas em amostras retiradas do túmulo de Arafat, na cidade palestina de Ramallah, onde seu mausoléu foi aberto em novembro passado.
"Isso confirmou todas as nossas dúvidas", disse Suha, que se reuniu com membros da equipe forense suíça em Genebra na terça-feira.
"Está cientificamente provado que ele não morreu de morte natural, e nós temos a prova científica de que este homem foi assassinado."
Ela não acusou qualquer país ou pessoa, e reconheceu que o líder histórico da Organização para a Libertação da Palestina tinha muitos inimigos.
Arafat assinou os acordos interinos de paz com Israel em Oslo em 1993 e liderou uma revolta posterior, após o fracasso das negociações, em 2000, sobre um acordo definitivo.
O governo israelense nega qualquer participação na morte, observando que ele tinha 75 anos e não tinha um estilo de vida saudável.
Uma investigação feita pela emissora sediada no Catar Al Jazeera revelou no ano passado que traços de polônio-210 foram encontrados em objetos pessoais de Arafat dados a sua viúva pelo hospital militar francês onde ele morreu.
A denúncia levou os promotores franceses a abrir uma investigação por suspeita de assassinato em agosto de 2012, a pedido de Suha Arafat.
Legistas da Suíça, Rússia e França recolheram amostras do cadáver de Arafat para realizar testes, depois de receberem autorização da Autoridade Palestina.
Fonte, G1
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