O menino Kayo da Silva Costa, de 8 anos, foi enterrado sob clima de forte comoção no Cemitério Murundu, em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio, na manhã desta sexta-feira (1°). Durante o sepultamento, os pais e avós do garoto fizeram críticas à ação da polícia no Fórum de Bangu, invadido por traficantes para tentativa de resgate de criminosos na quinta (31). Houve troca de tiros e Kayo e um PM foram feridos e morreram.
Além de colegas do futsal, também foram ao enterro colegas da turma da terceira série da Escola Municipal Bangu. Acompanhado da mãe, a dona de casa Eliane Batista dos Santos, o menino Thyago, de 9 anos, chorou muito lembrando de seu melhor amigo na escola e no futsal. "A gente estudava junto desde o jardim de infância. Ele era inteligente e bom de bola. A gente jogava na mesma posição, centroavante. Mas ele era muito melhor do que eu", disse Thyago.
O avô materno de Kayo, Juamir Farias do Rosário, disse que faltou segurança na região do Fórum de Bangu e que isso provocou a fatalidade que matou seu neto. "Deveriam ter reforçado a segurança no local, já que tinha bandido perigoso prestando depoimento. Eles abem que têm de fazer isso. Kayo era muito talentoso, tinha futuro, mas infelizmente tiraram o futuro dele"., disse Juamir. Segundo o Tribunal de Justiça, 13 criminosos prestaram depoimento no Forum de Bangu nesta quinta.
Rosaba da Silva, avó de Kayo, estava com ele na hora da ação dos criminosos. “Na hora eu não pensei em nada, eu não vi nada. Eu só vi muita polícia e começaram os tiros, não deu nem tempo da gente correr. Na hora, só pedi a Deus para tirar ele dali, para salvar ele. Na hora só pensei: Senhor, não era para mim está aqui agora com ele”, lamentou.
A criança e o terceiro sargento Alexandre Rodrigues de Oliveira, de 40 anos, morreram após um tiroteio que começou dentro do Fórum de Bangu no final da tarde de quinta, na Zona Oeste do Rio.
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